País do dragão está pronto para vencer a próxima revolução tecnológica superpotência de IA exatamente
A China teve seu momento sputnik em março de 2016 como superpotência de IA- Inteligência Artificial. Naquele mês, o programa de inteligência artificial AlphaGo derrotou um grande mestre sul-coreano em Go, um jogo de tabuleiro chinês extremamente complexo e exigente.
A série de cinco jogos foi assistida por um público de mais de 280 milhões de telespectadores em toda a China. Em maio de 2017, a AlphaGo derrotou o prodígio chinês de 19 anos, Ke Jie.
Dois meses depois, o governo chinês emitiu uma estratégia de IA. Projetava, portanto, que o país se tornaria o centro global de superpotência de IA até 2030. No final do ano, a China respondia por quase metade de todo o financiamento de empreendimentos de IA globalmente.
Como a China se tornou uma superpotência da IA
Essa é a história de como a China se tornou uma potência da IA, contada por Kai-Fu Lee. Ele é um renomado especialista na área, em seu livro AI Superpowers.
Lee, um ex-presidente de 60 anos do Google China que testemunhou em primeira mão a revolução tecnológica do país. Agora é, portanto, presidente e executivo-chefe da Sinovation Ventures, empresa de investimentos em tecnologia com sede em Pequim. O livro foi publicado, contudo, há três anos e previa que a China venceria o concurso de IA com os Estados Unidos – a outra grande potência da IA.
Esta semana entrevistei Lee e perguntei se a China estava, como ele previu, vencendo. Ele é diplomático. “Os dois países são igualmente fortes”. Mas diz que eles estão emergindo com pontos fortes em diferentes áreas. Os EUA, por exemplo, em software empresarial, coisas que as empresas usam. Já a China na fabricação e reconhecimento de imagem.
Ele descreve, portanto, os dois países como sendo “igualmente fortes no agregado”, mas individualmente mais fortes em categorias distintas.
Rede neural da IA
Como Lee explica em seu livro, a forma de rede neural da IA imita a arquitetura subjacente do cérebro em forma de computador. Isso envolve a construção de camadas de neurônios artificiais. Recebem e transmitem, portanto, informações de uma forma semelhante às nossas redes de neurônios biológicos. Em humanos, transmitem informações entre pedaços do cérebro e o resto do nosso sistema nervoso.
Essas redes alimentam-se com muitos e muitos exemplos de um determinado fenômeno, como jogadas de xadrez, imagens de animais, sons. E, ainda, então identificam padrões dentro dos dados.
Fonte: The Guardian/JB/ Insigth