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O Supremo Tribunal Federal (STF) vedou (23), a desqualificação de mulheres vítimas de violência em julgamentos.

STF veda desqualificação de mulheres vítimas de violência

Na prática, fica proibida a estratégia jurídica de desqualificar a vítima para tentar obter sucesso no julgamento

Por unanimidade, os ministros do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vedaram (23), a desqualificação de mulheres vítimas de violência em julgamentos nos tribunais pelo país. Na prática, fica proibida a estratégia jurídica de desqualificar a vítima para tentar obter sucesso no julgamento.

Assim, a Corte julgou uma ação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o tema. Aliás, um dos casos que motivaram a ação é a situação da influenciadora Mariana Ferrer, que sofreu constrangimento por parte do advogado do réu no caso em que ela figurava como vítima por ter sido vítima de abuso sexual.

A situação gerou a criação de uma lei. E o juiz do caso, que assistiu às agressões verbais, advertido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no ano passado. A maioria dos ministros seguiu o voto da relatora do caso, ministra Cármen Lúcia.

“O que se pretende aqui é não permitir que, por interpretações dadas aos dispositivos legais, haja alguma abertura para que o próprio estado-juiz e o estado que faz a investigação revitimizem a mulher”, afirmou ela, durante o voto.

Direito de dignidade