Esse cenário da soja no MS ocorre justamente em uma safra anteriormente castigada pela estiagem
As chuvas estão prejudicando as plantações de soja no MS. O Mato Grosso do Sul colheu aproximadamente 691.008,00 hectares de soja até o dia 11 passado. O que representa 18,3% da área cultivada com a oleaginosa na safra 2021/2022, de 3,776 milhões de hectares.
De acordo com o mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), embora os trabalhos estejam 16,4% mais avançado do que em igual período do ciclo anterior, a operação avançou 9,5% nos sete dias recentes porque “as chuvas estão dificultando a colheita na região norte e nordeste”.
Esse cenário, portanto, ocorre justamente em uma safra castigada pela estiagem. Dessa maneira, até dezembro de 2021, a estimativa de produtividade teve uma retração de 4,77%, passando de 56,38 para 53,69 sacas por hectare. Reduzindo assim em 4,77% a expectativa de produção, de 12,773 para 12,164 milhões de toneladas.
Chuvas prejudicam o plantio de soja no MS
“No entanto, os danos foram maiores até dia 18 de janeiro. As condições se agravaram. A produtividade passa de 53,69 para 50,60 sc. Há uma retração de 5,76% e a produção de 12,164 para 11,464 milhões de toneladas, uma retração de 5,75%”. Detalha o boletim tornado público por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Milho e de Soja).
Desse modo, comparando com a safra 2020/2021, quando foram colhidas, em média, 62,84 sacas de soja por hectare e produzidas 13,306 milhões de toneladas, há retração de 19,48% na produtividade e de 13,84% na produção.
Em relação ao mercado, o boletim Casa Rural revela que o preço médio da saca de 60 quilos de soja no MS desvalorizou 4,15% desde 7 de fevereiro. Valor cotado na segunda-feira (14) a R$ 176,31.
Por fim, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) publicou um aviso meteorológico para o estado do Mato Grosso do Sul no último domingo. A previsão indicava chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h). Baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Fonte: DouradosNews