Pesquisadores da Universidade de Buffalo, desenvolveram um sistema chamado OneTouch-PAT, que consegue rastrear o câncer de mama, através de ultrassom, laser e inteligência artificial
Pesquisadores da Universidade de Buffalo desenvolveram um novo sistema promissor para o rastreamento do câncer de mama: o OneTouch-PAT, um sistema que permite obter imagens 3D detalhadas do tecido mamário com apenas um toque de um minuto contra uma janela.
O método, publicado na revista IEE Transactions on Medical Imaging, combina imagens fotoacústicas e ultrassonográficas. Integradas por inteligência artificial, para identificar tumores com alta precisão e classificar subtipos de câncer, como Luminal A, B e Triplo Negativo.
Como funciona a tecnologia
- O processo é simples e não invasivo: a paciente apenas pressiona o seio contra uma superfície transparente enquanto lasers geram pulsos que criam ondas de ultrassom, revelando padrões vasculares associados a tumores.
- Em menos de um minuto, o sistema gera uma imagem tridimensional da mama. Dispensando compressões dolorosas ou exames caros e demorados como a mamografia e a ressonância magnética.
- Nos testes iniciais com 65 voluntárias, o OneTouch-PAT demonstrou desempenho eficaz e rápido, com potencial para tornar o rastreamento do câncer de mama mais acessível. Indolor e eficiente. Especialmente em países com menos recursos médicos.
Novos estudos ainda não necessários
Embora ainda não esteja pronto para uso clínico, os pesquisadores planejam aprimorar a tecnologia com sensores mais precisos. Métodos de análise mais sofisticados. E estudos adicionais para distinguir tumores benignos.
O objetivo é democratizar a detecção precoce do câncer de mama, reduzindo custos e barreiras físicas do rastreamento tradicional.
Quando surgiu o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença que afeta a humanidade há milhares de anos, com os primeiros registros datando de aproximadamente 3500 a.C. no Antigo Egito. Todavia, esses registros, encontrados em papiros como o Edwin Smith Surgical Papyrus, descreviam tumores na mama e a conclusão de que não havia tratamento para eles.
Mais tarde, por volta de 400 a.C., Hipócrates, conhecido como o “pai da medicina ocidental”, cunhou o termo “câncer” (do grego karkinos, que significa caranguejo, devido à aparência das veias ao redor do tumor) e postulou que a doença era causada por um desequilíbrio dos “humores” do corpo. Especialmente o excesso de “bile negra”. Essa teoria humoralista persistiu por séculos.
Sobretudo, ao longo da história, o entendimento e as abordagens para o câncer de mama evoluíram. No século XVII, começaram a surgir novas teorias, contestando a ideia dos humores. Com o avanço do conhecimento médico e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, como a mastectomia radical no século XIX, e posteriormente a descoberta dos raios-X para mamografia e o desenvolvimento de terapias como a quimioterapia e a radioterapia no século XX, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama se tornaram muito mais eficazes.
Por fim, hoje, o câncer de mama é amplamente pesquisado e há uma grande conscientização sobre a importância da detecção precoce e dos avanços no tratamento. Que têm contribuído significativamente para a melhoria da sobrevida e qualidade de vida das pacientes.
Fonte: olhar digital