Paratleta brasileira salta na marca de cinco metros e garante o topo do pódio pela segunda vez consecutiva nas Paralimpíadas
Depois da conquista de Yeltsin Jacques nos 5000m na classe T11, na noite desta quinta-feira, foi a vez de Silvânia Costa levar o ouro na categoria salto em distância. Com a conquista, a atleta se tornou bicampeã paralímpica.
Na Rio 2016, a atleta de Três Lagoas – MS, garantiu a medalha no sexto e último salto. Já nesta edição em Tóquio, ela conquistou o lugar mais alto do pódio no quinto salto, ao bater a marca de 5 metros.
Assim, Silvânia confirmou seu favoritismo. A prata ficou com a uzbeque Asila Mirzayorova (4,91m) e o bronze com a ucraniana Yuliia Pavlenko (4,86m). Ainda outra brasileira na disputa, Lorena Spoladore, terminou na quarta posição ao saltar 4,77m.
O melhor fica para o final da prova
Silvânia Costa começou a disputa queimando as duas primeiras oportunidades. Saltou 4,76m na terceira e 4,69m na quarta. Após o salto do ouro, de 5m , ainda tentou bater o próprio recorde mundial de 5,46m na sexta e última tentativa, mas não obteve o resultado. Já levantou gritando e comemorando o bicampeonato com uma alegria contagiante.
“Mesmo antes do final da prova eu já estava comemorando o quinto salto. Nosso trabalho foi realizado com sucesso. Não foi uma prova fácil. Eu entrei e tive que ir pra cima, com muita garra ali no último salto. Eu sabia quanto eu tinha batalhado, lutado, tudo o que passei para chegar aqui”, desabafa Silvânia.
Desafios e superação
Desde criança, Silvânia Costa tem uma enfermidade chamada Doença de Stargardt, por isso, sua visão regride paulatinamente.
Quando tinha 19 anos, cuidava de um bebê e estava com dívidas. Entretanto, ao saber que haveria uma corrida de rua em Campo Grande foi logo participar. Assim, ganhou o prêmio 300 reais e deu início a sua trajetória esportiva e nunca mais largou.
Agora, o Brasil chegou a sua terceira medalha de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio, sendo a segunda conquistada no atletismo. A outra saiu na natação.