Crescimento econômico: de acordo com o boletim do mês de maio, Campo Grande fechou o 1º trimestre de 2023 com índice de 3,4% de desocupação.
O crescimento econômico continua a todo vapor em Campo Grande. É o que confirma o Boletim Econômico do Município, compilado pela Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio.
O último dado sobre desemprego divulgado pelo IBGE mostra que a Capital do Mato Grosso do Sul fechou o 1º trimestre de 2023 com índice de 3,4% de desocupação, a menor entre as capitais federativas.
De acordo com o Caged do Ministério do Trabalho e Previdência, Campo Grande gerou mais 719 vagas no mercado formal no mês de abril. No acumulado de 2023, foram gerados 3.360 empregos formais, sendo 1.925 apenas no setor de serviços. Indústria e construção criaram juntos 1.358 novos empregos.
Segundo o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, no acumulado deste ano, a Capital das Oportunidades aparece na 9ª posição entre as 27 capitais que mais ampliaram seu contingente total de empregados com carteira assinada.
Crescimento econômico e registros anteriores de Campo Grande
De acordo com os registros anteriores, em de março de 2023 o Mato Grosso do Sul registrou alta de 4,3% no comércio varejista ampliado na comparação com fevereiro, acima da média nacional de 3,6%. Já o setor de serviços teve forte alta de 7,9%, também acima dos 0,9% da média nacional.
Apesar de o IBGE não divulgar dados para os municípios, sabe-se que Campo Grande representa quase 40% do montante estadual de comércio e serviços, ou seja, parte significativa desses números são puxados pela Capital.
O número de empresas ativas também continua em crescimento, chegando a 123.518 conforme dados da Receita Federal. Um crescimento de 11,51% frente a abril de 2022, demonstrando a resiliência da economia municipal e o espírito empreendedor do campo-grandense.
Campo Grande e o comércio exterior
Em relação ao comércio exterior, Campo Grande iniciou o ano de 2023 com crescimento nas exportações e recuo nas importações. No ano, as exportações acumulam US$ 172,191 milhões, alta de 1,51%, enquanto as importações somam US$ 171,510 milhões, queda de 30,45%.
É importante mencionar que as importações registraram movimento atípico em 2022 devido ao conflito Rússia-Ucrânia, o que levou a compras maciças de fertilizantes, mas que não vem ocorrendo em 2023 com a estabilização deste mercado.
O saldo comercial está positivo em US$ 681.146,00. Somente no mês de abril, as exportações somaram US$ 39,5 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 52,3 milhões.
Alta no IPCA e PIB
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, indicou uma alta de 0,89% em abril em Campo Grande. No mesmo período de 2022, o índice havia subido 1,21%. Nos últimos 12 meses até abril, o IPCA acumula alta de 3,21% na Capital, abaixo do índice nacional (4,18%).
Pela primeira vez desde 2020, a inflação acumulada em 12 meses no município de Campo Grande situa-se abaixo do centro da meta do Banco Central para 2023, de 3,50%.
O Boletim Focus do Banco Central, publicado em 29 de maio, prevê um de crescimento de 1,26% do PIB em âmbito nacional. Já a Sidagro estima que a variação chegue a 2,5% no ano de 2023 em Campo Grande.
De acordo com economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior, José Eduardo Corrêa dos Santos, a Sidagro está atenta à evolução destes números em Campo Grande e também no Brasil.
“O PIB nacional no 1º trimestre surpreendeu positivamente puxado pelo agronegócio, setor em que nosso Estado é muito competitivo. Os números de Campo Grande também estão positivos, com a nossa taxa de desocupação em 3,4%, a menor já registrada na história da cidade para um primeiro trimestre e também a menor entre as Capitais. Por este motivo a taxa de 2,5% de crescimento do PIB municipal prevista para este ano está em revisão”.
Para informações mais detalhadas do Boletim Econômico do Município de Campo Grande, clique aqui.