Semana de Incentivo à Adoção Tardia é pauta da ALEMS
Entre as pautas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) está a Semana que incentiva a Adoção Tardia em MS, que acontece nesta primeira semana do mês. De autoria do deputado Antonio Vaz (Republicanos), a iniciativa foi instituída pela Lei 5921/2022. As crianças maiores também querem o amor, o carinho, o cuidado, e uma nova família. Isso é possível com compreensão e determinação, ainda que o passar do tempo em abrigos e a realidade em que vivem, moldem as crianças que vivem à espera de adoção com desconfiança e dificuldades de adaptação.
Antonio Vaz também é autor da Lei 6.323/2024. Ela, por sua vez, altera parte de uma norma anterior vigente. Esta norma fazia referência ao sistema do CNJ. Este era o Cadastro Nacional de Adoção. Ele foi, contudo, substituído pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). A nova lei intensifica a publicidade dos procedimentos para a adoção. Assim como, a publicidade dos dados do SNA. Estes compreendem as crianças e adolescentes aptos a serem adotados. Por fim, também incluem a faixa etária, os pretendentes a adotar e o perfil etário.
Um gesto de amor que precisa de incentivo
“A adoção tardia é um gesto de amor que precisa ser cada vez mais incentivado. Muitas crianças e adolescentes aguardam por uma família, e nós não podemos permitir que eles cresçam sem essa oportunidade. Eu estava analisando alguns dados esses dias e vi que hoje no Brasil mais de 5 mil crianças e adolescentes ainda esperam pela adoção, sendo que a maioria já tem mais de 10 anos. E olha, ainda existem mais de 30 mil pessoas cadastradas querendo adotar, mas a maioria busca crianças pequenas”, explicou o deputado Antonio Vaz.
Sobre a Semana de Incentivo à Adoção Tardia, o deputado Antonio Vaz ressalta seu motivo. “A lei vem justamente para reforçar a importância de quebrar preconceitos e assim, mostrar que adotar uma criança mais velha ou um adolescente é oferecer a eles futuro, proteção e o carinho de um lar. Como parlamentar e como homem de fé, meu papel é criar e apoiar políticas que fortaleçam a família e deem esperança a quem mais precisa”, concluiu.
Adotante
Caciano Lima, gestor de artes no Poder Executivo e doutor em Estudos de Linguagens, destaca a importância da adoção. “Me posiciono como homem, gay e pai solo de quatro meninos com idades até 17 anos, e acolhendo o quinto, com 12 anos. Estamos numa campanha sobre adoção que dão o nome de adoção tardia, pois nunca é tarde para amar. Ou seja, trata-se da adoção no tempo certo. Conheço outros colegas que se aventuraram a formar suas famílias, que não procuraram o que a grande maioria procura, as crianças recém-nascidas, pequenas, brancas.”
Caciano continua: “Resolvemos formar nossa família. Assim, meus filhos chegaram com as idades de 12, 13 e 14, e tá tudo certo. Tenho filhos lindos, educados, e a minha família, eu, mais os cinco, e minha mãe, que é minha parceira e faz parte do meu núcleo familiar, estamos muito felizes com tudo isso. Sobretudo, é importante dizer que nunca é tarde para se amar”, ressaltou.
Adoção tardia
É o termo utilizado para indicar a adoção de crianças que já possuem um desenvolvimento parcial em relação a sua autonomia e interação com o mundo, referindo-se a crianças geralmente com mais de 3 anos. A adoção exige atenção e dedicação nos períodos de ajustamento e adaptação. Na adoção tardia isso é mais evidente, por parte dos adotantes e adotados, já que há insegurança e dúvidas de ambas as partes, adotados e adotantes.
Fonte: ALEMS