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A segunda parcela, do 13º salário que será paga até o dia 20 de dezembro, deve injetar bilhões na economia do Brasil. Foto: Reprodução

CNC: Segunda parcela do 13º deverá injetar R$ 125 bi na economia

Valor representa aumento de 4,8% na comparação anual

A segunda parcela do 13º salário, que deve ser paga até o dia 20 de dezembro, deverá injetar R$ 125 bilhões na economia, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O valor representa um aumento de 4,8% em comparação aos R$ 119,8 bilhões pagos no mesmo mês do ano passado, já em valores corrigidos.

O destino do montante tão aguardado pelos brasileiros deve ser, especialmente, para compras de fim de ano, seguindo da quitação e abatimento de dívidas, conforme a CNC.

“Este comportamento se deve ao aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho e à ligeira queda do grau de comprometimento da renda média da população ao longo dos últimos 12 meses”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

A taxa de desemprego recuou para 6,2% no trimestre encerrado em outubro. Menor patamar da série histórica, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os segmentos mais beneficiados pela intenção de compra neste final do ano, impulsionada pelo 13º salário, estão os de vestuário e calçados, livrarias e papelarias e lojas de utilidades domésticas.

Distribuição no Brasil – prazo para pagamento da segunda parcela do 13º salário termina no próximo dia 20

Os empregados com carteira assinada têm até o dia 20 de dezembro para receber a segunda parcela do 13º salário, que, somada à primeira parcela paga em novembro, deverá injetar R$ 321,4 bilhões na economia brasileira. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) destinará 16,7% desse total para a Região Sul.

Por região

A região Sudeste pagará a maior parte do 13º salário (50,1%). Concentrando a maior fatia do PIB nacional, a maioria dos empregos formais e dos beneficiários de aposentadorias e pensões. No Sul, a distribuição representará 16,7% do total, enquanto o Nordeste ficará com 15,9%. As regiões Centro-Oeste e Norte receberão, respectivamente, 9% e 5% do montante. Portanto, os beneficiários do Regime Próprio da União, que representam 3,4% do total, estão distribuídos por todas as regiões do país.

O maior valor médio do 13º será pago no Distrito Federal. Com R$ 5.665, enquanto Maranhão e Piauí terão os menores valores médios, próximos a R$ 2.000. Esses valores médios, contudo, não incluem aposentados dos regimes próprios estaduais e municipais devido à falta de dados disponíveis. Para os 55,5 milhões de trabalhadores formais dos setores público e privado, excluindo empregados domésticos, estima-se um total de R$ 212 bilhões em pagamentos de 13º salário até o fim do ano.

Os trabalhadores do setor de serviços, incluindo a administração pública, receberão a maior parcela (64,6%) no setor formal. Portanto, os empregados da indústria ficarão com 17%, enquanto os comerciários receberão 13%. Contudo, os trabalhadores da construção civil receberão 3,3% do total, e os da agropecuária receberão 2,1%.

Estima-se que o 13º salário dos trabalhadores formais tenha um valor médio de R$ 3.820. O setor de serviços pagará, em média, o maior valor, de R$ 4.382, seguido pela indústria, com R$ 3.896. A saber, o setor primário pagará o menor valor médio, de R$ 2.380.

Fonte: cnn/uol