Estima-se que os dados coletados do espaço podem desbloquear US$2 bilhões por ano em benefícios para o continente
Desde o lançamento do primeiro satélite da África, há mais de 20 anos, 44 foram colocados em órbita por 13 países, segundo a consultoria Space in Africa. O órgão afirma que mais 125 estão sendo desenvolvidos por 23 países, todos com lançamento previsto para antes de 2025.
Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial 2021, estima-se que os dados coletados do espaço podem desbloquear US$2 bilhões por ano em benefícios para a África.
Outro benefício é que, em um continente onde menos de um terço da população tem acesso à banda larga, mais satélites de comunicação poderiam ajudar as pessoas a se conectarem à Internet.
Indústria espacial africana quer enfrentar os desafios do continente
De acordo com a CNN, a startup sul-africana Astrofica, fundada há quatro anos e que presta serviços de consultoria espacial, apoiou o programa CubeSat da Universidade de Tecnologia da Península do Cabo, que lançou uma constelação de satélites marítimos para acompanhar navios ao longo da costa sul-africana.
Segundo o cofundador e CTO da Astrofica, Khalid Manjoo, o objetivo da startup é usar a indústria espacial para enfrentar os desafios da África – da segurança alimentar à segurança nacional.
Monitorar o rendimento das safras com os Satélites da África
Manjoo pretende lançar sua primeira constelação de satélites até o final de 2022, “que fornecerá aos tomadores de decisão conjuntos de dados críticos em quase em tempo real”, de acordo com Manjoo.
Ele espera que os dados sejam usados para monitorar o rendimento das safras. Além de rastrear o uso de fertilizantes, bem como ajudar os governos na gestão da água. “Os satélites que colocamos no espaço são legais, mas não necessariamente o objetivo final; o objetivo final da Astrofica é lidar com os desafios e problemas que gostaríamos de resolver”.
Ft: olhardigital