Para o infectologista, a idade e a carga de trabalho tenham contribuído para o caso da Madonna
A cantora Madonna deu um susto nos fãs na última semana após ser internada por conta de uma “grave infecção bacteriana” que a deixou “vários dias” internadas na UTI, segundo seu empresário. A artista chegou até a adiar sua turnê mundial.
Madonna esteve com uma febre baixa durante um mês, mas preferiu ignorar o sintoma e nunca procurou um médico. De acordo com a publicação, a Rainha do Pop estava totalmente focada nos ensaios de sua próxima turnê mundial, a “The Celebration Tour”, que estrearia no próximo dia 15 no Canadá.
De acordo com os médicos, a febre foi um sinal da infecção, que só chegou a esse estágio tão grave porque não teve tratamento. Madonna já recebeu alta e está em casa. Mas seu estado de saúde ainda inspira cuidados. A preocupação dos médicos e da família agora é que ela não respeite o tempo necessário de repouso e queira retomar os trabalhos o mais rápido possível.
Em entrevista, o infectologista do Hospital de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Álvaro da Costa, explicou que esse tipo de infecção pode ser leve. Mas há casos que podem ser tornar graves.
“Tem um extremo das infecções bacterianas onde o paciente faz um quadro de sepse, que é um desregução da resposta imunológica, onde você acaba evoluindo muito rapidamente para uma desfunção de múltiplos órgãos.”
“A sepse mata mais de 40 milhões de pessoas por ano no mundo”, alertou. Assim, para o infectologista, a idade e a carga de trabalho tenham contribuído para o caso da Madonna.
Ele destacou alguns sintomas de gravidade que deve motivar uma ida ao serviço de emergência: “Febre muito alta, sonolência, queda de pressão, parar de urinar”. Segundo Álvaro da Costa, em casos de extrema gravidade, a principal conduta é introdução rápida de antibiótico.
“Isso diminui a chance de evoluir para a mortalidade. A precocidade em um caso de sepse pode salvar o paciente”, disse.
No caso da Madonna, que chegou a ir para a UTI, o repouso é essencial.
Fonte: cnn