Se você suspeita que a casa está com mofo, mas não tem certeza, há alguns fatores que denunciam a situação
Mais do que o odor desconfortável e a aparência desagradável, a presença do mofo em casa pode ser bastante prejudicial à saúde dos moradores e do imóvel. Apesar disso, trata-se de uma situação comum causada por fungos, principalmente em ambientes fechados e úmidos, com pouca luminosidade e ventilação.
“O mofo nos ambientes é causado principalmente por umidade excessiva, que pode vir de infiltrações, condensação ou vazamentos”, explica Frederico Paranhos, diretor de Serviços da Ecoquest, empresa especializada em descontaminação do ar e sanitização de ambientes.
Em ambientes internos, os gêneros mais comuns de fungos que compõem o mofo são Cladosporium, Penicillium, Aspergillus e Alternaria. “Estes fungos se desenvolvem em locais com alta umidade, pouca ventilação e temperaturas amenas”, completa Frederico.
Como saber se a casa está com mofo?
Se você suspeita que a casa está com mofo, mas não tem certeza, há alguns fatores que denunciam a situação.
É comum, por exemplo, ver manchas de cor escura, acinzentada ou esverdeada nas paredes, nos tetos ou nos cantos de salas, em áreas úmidas, como banheiros e cozinhas, e principalmente atrás de armários, guarda-roupas e embaixo da cama.
“Além da visualização, o odor do mofo é bem característico e deixa o ambiente desagradável. Até mesmo em menor presença, um indivíduo sensível pode apresentar crises alérgicas, espirros e tosses”, diz o biólogo Jefferson Nascimento, supervisor setor de qualidade na Klin, empresa especializada em dedetização e sanitização de ambientes.
Perigo à saúde
Estar em um ambiente que contém mofo pode ser bastante prejudicial à saúde, pois os moradores acabam inalando os esporos dos fungos sem querer. Segundo a médica otorrinolaringologista Nathalia Campos, alguns problemas podem surgir a partir dessa inalação, principalmente para pessoas alérgicas ou imunocomprometidas.
“Entre os sintomas mais comuns, estão a tosse, os espirros, a coriza, a irritação nos olhos e os problemas pulmonares, como a falta de ar. Eles pioram os sintomas de quem sofre com asma, sinusite e rinite”, diz Nathalia.
Caso alguma partícula de fungo se instale no pulmão ou nos seios da face, o quadro é ainda pior e pode causar pneumonia fúngica ou sinusite fúngica, que têm potencial de gravidade e, eventualmente, de morte.
Danos ao imóvel
Quanto aos perigos para o imóvel em questão, o mofo pode danificar estruturas, causar manchas permanentes e deteriorar materiais como madeira, papel de parede e tintas, explica Frederico. “Devido à infiltração, o problema causa danos estruturais ao longo prazo. Um dos mais comuns é o afofamento de móveis de madeira”, complementa Jefferson.
Como remover mofo
A eficácia na remoção do mofo depende da extensão do problema. “Para áreas pequenas de mofo, com menos de um metro quadrado, a limpeza pode ser com uma solução de água sanitária diluída (uma parte de água sanitária para dez partes de água) ou outros produtos específicos para mofo”, orienta Frederico.
Ele acrescenta ser fundamental usar equipamentos de proteção, como máscaras e luvas, durante este processo. Também importante garantir que o ambiente seja arejado, lembra Jefferson, e, se possível, que receba a luz solar.
Para áreas maiores ou situações mais graves de infestação por mofo, no entanto, a recomendação é contratar profissionais especializados. “Estas empresas possuem conhecimento técnico, ferramentas e produtos adequados para tratar extensas áreas afetadas, garantindo uma remoção segura e eficiente do mofo”, diz ele.
A inspeção profissional no ambiente poderá identificar corretamente o que ocasionou o mofo, podendo se tratar de algo além do superficial. Assim, identificar e corrigir a fonte de umidade que está contribuindo para o problema, assim, ajudará a evitar a reincidência do mofo no futuro.
Como evitar mofo em casa
Uma estratégia para evitar o surgimento do mofo em casa, investir no tratamento periódico do ar em ambientes fechados e úmidos.
“Uma das ferramentas mais poderosas nesse aspecto são os purificadores de ar equipados com tecnologias avançadas e cientificamente comprovadas. Estes dispositivos não apenas filtram o ar, mas também são capazes de neutralizar esporos de mofo ativamente”, explica Frederico.
Ele diz que alguns purificadores usam tecnologias como luz ultravioleta (UV), filtros HEPA ou processos de ionização, que têm a capacidade de destruir esporos de fungos e impedir seu crescimento e disseminação. “Essas tecnologias agem diretamente no fungo e em seus esporos, reduzindo significativamente o risco de proliferação de mofo em ambientes internos”, diz.
Aliás, é importante salientar que, para garantir a máxima eficácia, tais purificadores devem utilizar em conjunto com medidas de controle de umidade e boa ventilação, assegurando, assim, uma abordagem abrangente na prevenção do mofo.
Assim, outra estratégia, segundo Jefferson, é a oxi-sanitização para tratamento de odores, bactérias, vírus e fungos em geral em locais fechados. “Ela se baseia no uso do oxônio, que é uma tecnologia sustentável e ambientalmente saudável, não causando problemas à saúde e não deixando resíduos”, diz.
Segundo ele, com o uso do ozônio, as substâncias orgânicas e inorgânicas de maus odores, fungos e demais microrganismos, são degradas do ambiente, proporcionando uma desinfecção sem uso de produtos químicos.
Fonte: revistacasaejardim