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Sua riqueza e importância histórica renderam o posto de Patrimônio Mundial, oferecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)

ITÁLIA: Saiba 5 lendas e mistérios de Veneza, a “Cidade Flutuante”

O Palazzo Grassi é um dos pontos mais visitados da Sereníssima, apelido pelo qual Veneza é conhecida

Até os dias atuais, Veneza é uma das mais importantes e visitadas cidades da Itália, localizada no nordeste do país europeu, está situada em um agrupamento de 117 ilhas separadas por canais, mas ligadas por pontes, palco de muitos movimentos artísticos e de guerras napoleônica, Veneza também esconde mistérios e lendas.

Assim, sua riqueza e importância histórica renderam o posto de Patrimônio Mundial, oferecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Sendo assim, confira as 5 lendas e mistérios de Veneza.

1. Sguazzetto alla Bechera, um “prato infantil”

O Sguazzetto alla Bechera é um prato típico servido em Veneza, que consiste em um preparado feito com carnes mistas, temperado com cebola e molho de tomate. Era muito popular no restaurante de Biagio Cargnio, um renomado cozinheiro local no século XVI. Acontece que sua fama ruiu quando um cliente, ao provar a iguaria, achou uma carne estranha, com osso, em seu prato, que lembrava um dedo infantil.

Enojado, saiu do restaurante e foi à polícia. O delegado enviou uma patrulha ao restaurante e descobriu restos de corpos de crianças no local. Preso, Biagio admitiu usar carne de crianças por serem mais macias e que elas rendiam um sabor inigualável ao prato. Contudo, condenado, Biagio foi sentenciado à morte e decapitado na Piazza San Marco.

2. O espírito do Palazzo Grassi

O Palazzo Grassi é um dos pontos mais visitados da Sereníssima, apelido pelo qual Veneza é conhecida. O famoso edifício tem vista para o Grande Canal, mas esconde uma lenda misteriosa. Ele teria sido o lar de uma jovem, morta em circunstâncias estranhas, ao cair da varanda após ser vítima de agressões.

Nunca conseguiram definir se havia sido um suicídio ou assassinato. Desde então, várias pessoas afirmam terem testemunhado o espírito da jovem vagando pelo local, sussurrando seu nome no ouvido de quem por lá transita. Há quem diga que ela faz isso para proteger outras pessoas de sofrerem.

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3. O mendigo escultor

Por toda Veneza, é possível encontrar o trabalho de Cesco Pizzigani, um dos mais habilidosos pedreiros e lapidadores de sua época. Por volta do ano 1500, a esposa de Cesco adoeceu, e ele vendeu tudo o que tinha para tentar curá-la. Infelizmente, ela não resistiu e morreu, e ele ficou miserável, já que havia gastado toda sua renda no tratamento da esposa.

Cesco virou mendigo em Veneza, usando parte dos seus dias para rabiscar desenhos nas paredes da cidade com o auxílio de um prego. Portanto, um dos mais reconhecidos é o que mostra um homem com um coração na mão. De acordo com a lenda, ele teria cruzado com um homem, que estava atormentado por não ser aceito pela sociedade.

Frustrado, esse rapaz teria matado a própria mãe, arrancando-lhe o coração, e em seguida cometido suicídio. Aliás, Cesco teria acompanhado toda a cena, decidindo retratá-la nas paredes da cidade.

4. Os mouros de pedra do Palazzo Mastelli del Cammello

Imagina cometer um deslize com uma pessoa e ser amaldiçoado por ela. Agora, imagine que essa maldição ocorra. É mais ou menos isso que cerca a história dos muros de pedra do Palazzo Mastelli del Cammello.

Reza a lenda que três irmãos mouros, Rioba, Sandi e Alfani, comerciantes de seda e especiarias, enganavam seus clientes vendendo produtos de baixa qualidade a preços altos. Pois uma senhora, incomodada com a trapaça dos irmãos, rogou-lhes uma praga, pedindo a Santa Maria Madalena que tornasse os mercadores em pedra.

Eles teriam afirmado que seus produtos eram, na verdade, bons, e que se não fossem que virassem pedra então. Então, como diz a lenda, acabaram sendo petrificados.

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5. O diabo da Casa dell’Angelo

Na parte de trás da Piazza San Marco há uma casa com vista para um pequeno canal que guarda uma lenda muito curiosa. Assim, conhecida como Casa dell’Angelo, teria sido a morada de Iseppo Pasini, um advogado que arrancava dinheiro de pessoas pobres.

Reza a lenda que Pasini teria em casa um macaco treinado para os afazeres domésticos que, na realidade, seria o diabo, esperando uma oportunidade para tomar a alma do advogado. Quem teria descoberto tudo seria o frei Matteo da Bascio, que expulsou o macaco diabólico, não sem antes abrir um buraco na casa, que serviria de lembrança da presença maligna.

Bem, o buraco está na residência até os dias de hoje. Já o diabo, não se sabe.

Fonte: viator