Agência informou que índices de reajuste e revisão das tarifas que compõem a conta de luz devem subir menos do que a inflação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta que os índices de reajuste e revisão das tarifas que compõem a conta de luz devem ficar abaixo da inflação em 2025.

De acordo com boletim trimestral InfoTarifa divulgado (7), a energia elétrica deve ficar 3,5% mais cara. 

Boletim Focus do Banco Central divulgado (7) projeta que a inflação deve fechar 2025 em 5,65%. Em nota, a Aneel também destacou que o efeito médio anual projetado de 3,5% está abaixo das projeções de 5,1% no Índice Geral de Preços; Mercado (IGP-M).

Entre os aspectos que explicam a projeção da Aneel, está a previsão de R$ 41 bilhões no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2025, ou seja, uma alta de 9,2% em comparação a 2024.

Nesse sentido, a agência também informou que impactos dos índices inflacionários nos custos de distribuição (parcela B) também contribuíram para a projeção.

De janeiro a abril, a Aneel manteve bandeira tarifária da conta de luz em verde. Assim, os consumidores de energia elétrica não tiveram custo adicional nas contas de energia. Também contribuiu para deixar a conta de luz em um patamar mais barato neste início de ano o bônus de Itaipu. Ou seja, isso beneficiou em janeiro mais de 78,3 milhões de consumidores. No total, houve um do desconto de R$ 1,3 bilhão.

Bandeira verde e bônus de Itaipu

Desde o começo do ano, pelo menos duas boas notícias aliviaram o impacto da inflação na conta de luz dos brasileiros

• o bônus de Itaipu; saldo positivo na conta da usina Brasil-Paraguai que é revertido para o país. Foram R$ 1,3 bilhão que abateram parte das contas de 78 milhões de casas que consomem até 350 kWh por mês;
• a bandeira verde nas contas de energia de janeiro a abril, ou seja, isso indica que os reservatórios das hidrelétricas têm bons estoques e não é preciso aplicar um custo extra para frear o consumo.

“Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas. A ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados”. Assim declara o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em material divulgado pela Aneel.

Fontes: cnn e G1