Protocolos garantem segurança do paciente nos hospitais de MS
O dia 17 de setembro é o Dia Nacional de Segurança do Paciente, data que chama a atenção para a importância de práticas seguras em todos os níveis da atenção à saúde nos hospitais, tanto em MS quanto nos outros estados. Em MS, o tema é tratado com extrema importância após a implantação do Negesp (Núcleo de Segurança do Paciente), que tem atuado na implementação de protocolos de atendimento seguindo diretrizes nacionais e internacionais para minimizar falhas e riscos.
A máxima da atuação do núcleo é que quanto mais estruturados são os protocolos, menores os riscos, explica a coordenadora do Negesp-MS, médica Eduarda Tebet. “A cadeia de segurança do paciente envolve todos os envolvidos. Isso inclui desde a administração do hospital até a checagem simples de uma pulseira de identificação feita pelo próprio paciente”, detalha.
Tebet ressalta que, internacionalmente, médicos envolvidos em erros de atendimento são reconhecidos como ‘segunda vítima’, pois também sofrem impactos emocionais e profissionais. Por isso, é essencial adotar uma abordagem intersetorial e coletiva, que apoie os profissionais e, ao mesmo tempo, busque reduzir falhas e prevenir eventos adversos.
MS tem Negesp
A princípio, no Brasil, o fortalecimento dos Núcleos de Segurança do Paciente é estratégico. Em outras palavras, isso garante que práticas seguras sejam aplicadas no dia a dia dos hospitais. Em Mato Grosso do Sul, o Núcleo Estadual atua como referência. Isto é, para estimular boas práticas, bem como para acompanhar indicadores e capacitar equipes.
Conforme a coordenadora do Negesp-MS, a cultura de segurança precisa ser permanente, assim como deve envolver todos os atores do sistema de saúde. “Protocolos bem aplicados salvam vidas. Afinal, quando todos participam ativamente, ou seja, gestores, profissionais e pacientes, conseguimos reduzir falhas. Assim, podemos oferecer um cuidado mais qualificado”, enfatizou.
Ela destaca que a adoção de ferramentas exemplifica esse avanço. Por exemplo, o checklist de cirurgia segura da OMS. Conforme pesquisas internacionais, o uso do checklist pode reduzir a mortalidade cirúrgica. Em outras palavras, em 25% a 43%. Igualmente, em estudo na Escócia, houve queda relativa de 36,6% nas mortes perioperatórias. Isso aconteceu após a implementação da medida.
“Analogamente, outro exemplo é o SCC, o Safe Childbirth Checklist, da OMS. Além disso, ele contribui para diminuir a mortalidade perinatal. De acordo com meta-análises recentes, o risco de natimortalidade caiu cerca de 11%. Isso ocorreu em locais onde houve aplicação do protocolo”, completa.
Impacto global
Segundo estimativas da OMS, aproximadamente 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de eventos adversos relacionados à atenção à saúde em hospitais em todo o mundo. Esses números reforçam que segurança do paciente é um tema de saúde pública global e exige engajamento permanente.
Fonte: Secom/Gov.br