Pääbo trabalhou como diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha, desde 1997
Svante Pääbo ganhou o Prêmio Nobel de Medicina por “suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana”, anunciou a Academia Sueca nesta segunda-feira (3).
O Comitê do Nobel disse que Pääbo, um geneticista sueco, “realizou algo aparentemente impossível”. Assim, quando sequenciou o primeiro genoma neandertal e descobriu que o Homo sapiens cruzou com os neandertais.
A evidência para sua descoberta surgiu pela primeira vez em 2010, depois que Pääbo foi pioneiro em métodos para extrair, sequenciar e analisar DNA antigo de ossos neandertais.
Portanto, graças ao seu trabalho, os cientistas podem comparar os genomas neandertais com os registros genéticos de humanos vivos hoje.
“A pesquisa seminal de Pääbo deu origem a uma disciplina científica inteiramente nova, paleogenômica”, disse o comitê.
“Ao revelar diferenças genéticas que distinguem todos os humanos vivos de hominídeos extintos. Portanto, suas descobertas fornecem a base para explorar o que nos torna exclusivamente humanos”.
Aliás, quando ele revelou suas descobertas pela primeira vez em 2010, Pääbo disse que “ter uma primeira versão do genoma neandertal cumpre um sonho de longa data”.
Quem é Svante Pääbo, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina
Pääbo trabalhou como diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha, desde 1997. E é pesquisador honorário do Museu de História Natural de Londres.
Além do genoma neandertal, ele também “descobriu os denisovanos – um tipo completamente novo de humano”, disse Stringer.
O DNA denisovano vive em alguns humanos hoje porque, uma vez que nossos ancestrais Homo sapiens encontraram os denisovanos, eles copularam e deram à luz – algo que os geneticistas chamam de mistura.
“Acho que o genoma neandertal foi sua maior contribuição individual. Ele revelou que os neandertais cruzaram conosco. Isso foi contestado por muitos anos, inclusive por mim. Mas ele mostrou que a maioria de nós tem DNA antigo (de neandertais e/ou denisovanos). Esse DNA também pode ser medicamente importante”, acrescentou Stringer.
Fonte: Agencia Brasil