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Briga entre Poderes prejudica orçamentos municipais, principalmente os menores, alegam gestores que tomam posse na quarta (1º). - Foto: Divulgação.

Prefeitos pedem solução definitiva para impasse das emendas

A imprevisibilidade e o impasse em torno das emendas gera insegurança na gestão orçamentária de 2025

O impasse em torno da liberação de emendas parlamentares tem preocupado prefeitos que tomaram posse ontem (1º).

Atualmente, a apreensão é com o futuro de verbas designadas por deputados e senadores que reforçam o caixa municipal, principalmente na área da saúde, e que estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Impacta todos os prefeitos do Brasil que contam, em especial, com recursos para saúde. A gente já vive a injustiça do pacto federativo, a humilhação de ficar pedindo para deputados devolverem o que é nosso. Agora, essa situação coloca as cidades em risco”, diz o prefeito eleito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos).

Movimentação no pacto federativo

Nesse sentido, Manga, que integra a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), afirma que vai iniciar um movimento para mexer no pacto federativo, o que poderia reduzir amarras para os municípios no uso da própria arrecadação, e diminuir a dependência que existe das emendas parlamentares.

“Claro que queremos transparência nas emendas, mas quem está perdendo mais com isso são os municípios, em especial a população dos municípios pequenos”, completa.

Prefeito eleito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão (MDB), cobra entendimento. “É preciso urgentemente de uma composição entre os Poderes”, disse.

Mourão deixará o mandato como deputado federal para assumir a prefeitura nesta quarta. Para ele, a imprevisibilidade e o impasse em torno das emendas gera insegurança na gestão orçamentária de 2025. “Os municípios são a ponta mais fraca dessa história toda”, ressalta.

Ele ilustra com o seguinte exemplo: um hospital municipal com 250 leitos custa cerca de R$ 11 milhões a R$ 12 milhões por mês. No entanto, com a tabela do SUS congelada há dez anos, recebem menos de R$ 3 milhões mensais.

O complemento, segundo Mourão, se dá com recursos municipais. E as emendas — individuais ou de comissão — acabam ajudando no caixa. Elas podem servir tanto para o custeio das estruturas como para a aquisição de equipamentos ou para mutirões de saúde.

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