O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu para 120,7 pontos em agosto
O índice mundial de preços de alimentos, calculado pelas Nações Unidas, teve uma queda em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6), à medida que os preços mais baixos do açúcar, carne e cereais mais do que compensaram a alta dos laticínios e do óleo vegetal.
A saber, o índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma queda de 120,7 pontos em agosto, em comparação com os 121 pontos revisados em julho.
No entanto, o índice da FAO atingiu o nível mais baixo em três anos em fevereiro deste ano. A saber, quando os preços dos alimentos recuaram de um pico recorde alcançando em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Contudo, o valor de agosto foi 1,1% menor do que um ano atrás e ficou 24,7% abaixo do pico de março de 2022.
Em um relatório separado, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2024 em 2,8 milhões de toneladas. A saber para 2,851 bilhões de toneladas. Colocando-a quase no mesmo nível da produção do ano anterior.
A redução reflete, em grande parte, as perspectivas reduzidas para as safras de grãos na União Europeia, no México e na Ucrânia, graças às condições climáticas quentes e secas.
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O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 119,5 pontos em agosto, perda de 0,9 ponto (0,7%) ante julho, mas 4,3 pontos (3,7%) acima do valor de 2023. As cotações da carne de aves caíram com os efeitos da suspensão de exportações relacionada à doença de Newcastle no Brasil. Apesar do governo declarar o fim do surto uma semana depois, disse a FAO. Os preços da carne suína diminuíram pelo segundo mês seguido, com a fraca demanda e a ampla oferta.
Já os preços da carne ovina recuaram, depois de três meses de altas, com a desaceleração nas compras, especialmente da China. Em contrapartida, a carne bovina teve ligeiro aumento com a queda na oferta de animais para abate na Oceania.
O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 130,6 pontos em agosto, alta de 2,8 pontos (2,2%) ante julho. E de 16,3 pontos (14,2%) ante o valor de um ano atrás. Segundo a FAO, todos os produtos tiveram aumento no mês.
Fonte: FAO/ONU /Nações Unidas