Os preços pressionados nas bombas pelas reduções de tributos, especialmente para a gasolina e etanol
Os preços da gasolina, etanol e do diesel S-10 no Brasil recuaram, em média, mais de 5% em agosto, com impacto principalmente de reduções das cotações nas refinarias da Petrobras (PETR3, PETR4) em meio a uma queda no petróleo no exterior, segundo pesquisa divulgada na sexta-feira pela reguladora ANP.
Contudo, a agência não divulgava o levantamento semanal de preços nos postos em função de uma tentativa de ataque cibernético aos seus sistemas no dia 4 de agosto. Então, a gasolina tem queda acumulada nas três primeiras semanas de agosto foi de 5,92%, saindo de 5,74 reais o litro na última semana de julho para 5,40 reais.
O diesel S-10 ficou, no acumulado, 5,06% mais em conta em relação ao preço médio registrado no fim de julho, tendo recuado de 7,51 reais o litro para 7,13 reais o litro.O etanol hidratado, por sua vez, acompanhou a redução da gasolina, caindo 5,46% no acumulado das três primeiras semanas de agosto.
Essas reduções refletem os reajustes de preços nas refinarias feitas pela Petrobras, de 3,89% e 4,85% na gasolina, em 29 de julho e 16 de agosto, respectivamente; e de 3,56% e 4% no diesel S-10, em 5 e 12 de agosto, respectivamente.
Por exemplo, o etanol é vantajoso apenas em um estado
Com a queda acentuada no preço da gasolina, o etanol deixou de ser vantajoso em quase todo o país. De 1º a 12 de agosto o único Estado onde compensava abastecer com etanol foi Mato Grosso, grande produtor do combustível renovável a partir do milho.
O valor médio do combustível no período ficou em 4,011 reais o litro, o equivalente a 67% do preço da gasolina (5,997 reais). A vantagem só existe quando essa relação fica abaixo de 70%.
Sendo assim, no Estado de São Paulo, o maior produtor do biocombustível no país, o preço médio de 5,553 reais equivalia a 71% o da gasolina. Por isso, a pesquisa da ValeCard feita por meio do registro das transações realizadas em mais de 25 mil postos credenciados.
Fonte: investnews