Preço da soja está em alta no Brasil no início da semana
O preço da soja começou a semana em alta no Brasil. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) o grão fechou (11) a R$ 140,29 a saca de 60 quilos na referência do porto de Paranaguá, alta de 0,86%. Desde o início de agosto, a cotação da oleaginosa já acumula um aumento de 1,50%.
Levantamentos do Cepea mostram que as negociações envolvendo soja e derivados estão mais aquecidas no Brasil neste começo de agosto. Segundo pesquisadores, esse cenário se deve ao interesse internacional pelo grão brasileiro, sobretudo por parte da China, e à maior necessidade de indústrias esmagadoras nacionais.
O preço da soja tinha tendência de baixa na bolsa de Chicago. Em contraste, os valores reagiram (11). A reação foi em resposta a comentários do presidente americano Donald Trump. Ele sugeriu que a China iria “quadruplicar” as compras de soja dos Estados Unidos. Como resultado, os papéis futuros para setembro avançaram 2,48%. Eles ficaram cotados a US$ 9,9175 o bushel.
Um levantamento da Scot Consultoria registrou a saca de soja a R$ 125,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA). Ademais, o valor foi de R$ 122,50 em Rio Verde (GO). Da mesma forma, foi de R$ 124 em Balsas (MA). Por conseguinte, foi de R$ 128,50 no Triângulo Mineiro. E, finalmente, de R$ 122 em Dourados (MS). Por outro lado, nos portos, os preços foram diferentes. A soja é cotada a R$ 140 em Santos (SP), bem como a R$ 138 em Rio Grande (RS).
Trump espera que China ‘quadruplique’ os pedidos de soja americana
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou (11) em publicação em rede social que espera uma ampliação significativa das compras de soja americana por parte da China. Os EUA e a China vivem uma “trégua tarifária”, com vencimento previsto para esta terça-feira (12), mas a declaração sinaliza a possibilidade do governo Trump estender o prazo.
“A China está preocupada com sua escassez de soja”, escreveu Trump. “Espero que a China quadruplique rapidamente seus pedidos de soja. Isso também é uma forma de reduzir substancialmente o déficit comercial da China com os EUA”. Ele ainda agradeceu ao presidente chinês Xi Jinping, embora não tenha detalhado o motivo.
Os produtores americanos se preparam para iniciar a colheita da nova safra nas próximas semanas, com um aumento da oferta que pode impulsionar negociações.
Apesar das expectativas, dados do Departamento de Agricultura dos EUA foram revelados. Os dados indicam que a China não havia reservado carregamentos de soja. Isto é, para a nova temporada. A situação se estendeu até o fim de julho. No entanto, a China tem diversificado suas fontes de suprimento, evitando o mercado americano. O país intensificou as importações de soja do Brasil e iniciou testes com carregamentos de farelo de soja provenientes da Argentina.
Fonte: Globo Rural