Entre os fatores que mais influenciaram da elevação do preço do grão de café estão os custos dos insumos, o clima e a continuação da pandemia
O grão de café ficou 155% mais caro ao longo de 2021, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Nas prateleiras, para o consumidor, o preço do café subiu, em média, 52% no período.
A valorização do dólar, o aumento dos custos dos insumos e o volume da safra. Bem como o clima e a continuação da pandemia, foram os fatores que mais influenciaram da elevação do preço do grão de café, segundo a entidade.
Ainda segundo a Abic, o aumento dos demais insumos, como embalagem, salário-mínimo, energia elétrica, óleo diesel e gasolina, foi de 107,30%, em média.
Portanto, a Abic também divulgou os dados de consumo interno do café. Foram 21,5 milhões de sacas entre novembro de 2020 e outubro de 2021. Alta de 1,71% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2019 a outubro de 2020. Este volume representa 45,3% da safra de 2021, que foi de 47,7 milhões de sacas, segundo a Conab.
Desse modo, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor de café do mundo. A diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,5 milhões de sacas.
De acordo com o relatório, o desempenho das empresas associadas à Abic foi 2,77% maior no ano passado em relação ao período anterior.
Segundo o presidente da Abic, Ricardo Silveira, a guerra da Ucrânia, que elevou os preços das commodities no mundo, não deve impactar o preço dos insumos no curto prazo, já que os produtores estão abastecidos, com estoque. A expectativa, segundo ele, é de que até setembro, os preços de fertilizantes voltem ao normal.
Fonte: Ico.org, Cnn, Revista Cafeicultura