Reajuste anual deve ser formalizado em 1º de abril pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Setor prevê que aumento fique entre 5,6% e 6,8%
O preço dos medicamentos deverá sofrer aumento até o fim do mês, e a expectativa é de que os produtos fiquem até 6,8% mais caros.
Dessa forma, o reajuste anual dos remédios decidido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) deve acontecer em 1º de abril de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais (Sincofarma).
Por isso, a expectativa nossa aqui é que o reajuste, já autorizado pela CMED e que vai ocorrer em 1º de abril venha num índice de 5,6% até 6,8%. Mas, acredito que até essa semana já devem anunciar.
Então, esses números vêm normalmente para repor o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)”, afirma Rony Anderson Rezende, vice-presidente do Sincofarma-MG.
A previsão do Sincofarma está alinhada ao apontado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). Conforme publicado no jornal Valor Econômico na última semana, a entidade apontou que o reajuste seria de 5,6%, baseado no IPCA acumulado entre março de 2022 e fevereiro deste ano.
IPCA acumulado
Embora pese no orçamento do consumidor, que ainda tem duas semanas para comprar medicamentos no preço antigo, o aumento previsto para este ano representa cerca de metade do reajuste autorizado pelo governo federal em 2022.
No ano passado, o reajuste médio determinado pela CMED foi de 10,89%, publicado no dia 1º de abril. Então, alguns medicamentos tiveram seu preço alterado em até 18% em todo o país. O aumento foi o maior em uma década.
Sendo assim, tradicionalmente, o reajuste divulgado no último dia de março de cada ano para vigorar a partir de 1º de abril. No ano passado, em função da pandemia, o governo adiou o reajuste, então de 5,21%, por 60 dias.
O índice final de reajuste ainda está sendo discutido entre a CMED e o setor farmacêutico. Cabe lembrar que as empresas nem sempre repassam o reajuste máximo autorizado pelo governo.
Fonte: frontliner