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O efeito do chuveiro nas boas ideias quanod estamos no banho depende do contexto em que você está.

Por que nós temos boas ideias enquanto tomamos banho?

Já reparou que costumamos ficar mais criativos durante o banho? Entenda como isso acontece

Provavelmente você já teve uma grande boas ideias enquanto estava tomando banho, certo? Isso também pode acontecer quando estamos executando outras tarefas que não necessitam de muita atenção, como arrumar o quarto ou lavar louça.

E a Ciência tem uma explicação para esse fenômeno! Segundo os especialistas, quando entramos no chuveiro — uma ação corriqueira, que estamos acostumados a fazer — paramos de pensar em algo específico e nos desligamos do mundo exterior. Aí, a mente começa a vagar e a fazer novas associações, ativando áreas diferentes do cérebro.

Nesse momento de distração, o córtex pré-frontal (parte do cérebro responsável pela tomada de decisões) fica mais relaxado, e os neurônios entram em estado de repouso.

Dessa forma, conseguimos realizar conexões criativas, tendo novas ideias e até encontrando as soluções para problemas. A água também nos ajuda a relaxar. A sensação de bem estar e prazer que temos durante o banho estimula a criatividade.

Além disso, os pesquisadores já observaram que o pico de criatividade não coincide com o ápice da atividade cerebral.

Durante certo horáro do dia — que muda de pessoa para pessoa, o cérebro  atinge o estado em que está mais alerta.

No entanto, nós estamos mais aptos a encontrar soluções criativas para um problema quando estamos fora desse estado de concentração.

Por isso, ao tomar um banho após acordar ou antes de dormir, quando estamos cansados ou com muito sono para prestar atenção em algo, estamos mais propensos a ter grandes ideias ou soluções.

A pesquisa “Inspired By Distraction”, feita em 2012 pela equipe do professor Benjamin Baird da Universidade do Texas em Austin, mostrou que divagar beneficiava a criatividade. Na época, a pesquisa fez sucesso entre os pesquisadores e a mídia.

Esses pesquisadores pediram aos participantes que apontassem usos alternativos criativos para itens do dia a dia após um “período de incubação” que envolvia tarefas de vários níveis de demanda mental.

O estudo mostrou que quanto menor a demanda, maior a pontuação dos participantes no teste de criatividade.

“Em comparação com o envolvimento em uma tarefa exigente, descanso ou sem pausa”, escreveram os autores do estudo, “envolver-se em uma tarefa pouco exigente durante um período de incubação levou a melhorias substanciais no desempenho em problemas encontrados anteriormente”.

Mas estudos de acompanhamento produziram resultados inconsistentes. Algumas pesquisas pareciam encontrar uma ligação entre divagação mental e criatividade, inclusive entre físicos e escritores.

No entanto, outros estudos não conseguiram replicar a descoberta original. Irving tem uma teoria sobre o porquê. Ele afirma que os estudos não estavam medindo a divagação da mente, mas quão distraídos estavam os participantes.

Isso é importante porque o efeito do chuveiro nas boas ideias quanod estamos no banho depende do contexto em que você está.

“A divagação mental pode ajudar em alguns contextos, como passear, mas não em outros, como uma tarefa psíquica chata”, disse Irving sobre sua teoria.

Fonte: sallve