Levantamos as principais razões para a Suíça ser um país atrativo para os bilionários
Três dos dez brasileiros mais ricos, todos bilionários, vivem na Suíça. São eles: Vichy Safra, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira. O país europeu é o terceiro com mais bilionários por habitantes: um para cada 80 mil, segundo o relatório Wealth-X, de 2023.
Ao todo, 110 bilionários vivem na Suíça, reunindo um patrimônio de US$ 338 bilhões, de acordo com o levantamento. Em comparação, 71 bilionários vivem na Arábia Saudita, 54 em Singapura e 45 nos Emirados Árabes Unidos.
Tendo isso em vista, a rede CNBC levantou as principais razões para a Suíça ser um país atrativo para os bilionários. Confira a seguir.
1. Neutralidade política
A Suíça tem um duradouro histórico de manter-se neutra em meio a conflitos mesmo durante as guerras mundiais , o que é bem-visto pelos bilionários. Aliás, segundo a CNBC, tal neutralidade leva a mensagem aos bilionários de que seus patrimônios estão seguros no país, mesmo com trocas periódicas de lideranças políticas ou de governos.
2. Baixos impostos sobre ganhos de capital
O governo suíço tenta se afastar da reputação de paraíso fiscal, mas as baixas taxas sobre ganhos de capital ainda são um importante atrativo para os bilionários. “A maioria da renda dos bilionários vem dos ganhos de capital das companhias das quais eles participam. Assim, não há imposto sobre ganhos de capital de ativos financeiros [na Suíça]. Isso, claro, é atrativo para essas pessoas ricas”, explica Florian Scheuer, professor e presidente do departamento de economia da Universidade de Zurique, entrevistado pela CNBC.
Embora tenha um “imposto sobre riqueza”, que varia de 0,1% a 1,1% do patrimônio líquido do indivíduo, essa taxa varia dependendo da região de moradia da pessoa. Lugares menos populosos, por exemplo, buscam ser mais atrativos para bilionários, oferecendo uma taxa mais baixa.
3. Moeda estável e forte
O franco-suíço, em um movimento ascendente de valor nas últimas décadas, já se equiparou ao euro e superou o dólar. “Você não precisa temer uma forte desvalorização do franco-suíço por conta da neutralidade política e da força e estabilidade das instituições do país”, diz Scheuer.
4. Reputação dos bancos
A reputação de anonimato e de sigilo construída pelo sistema bancário suíço ao longo do século 20 ainda é um forte atrativo para os bilionários. Assim, mesmo com a crise financeira de 2008, que gerou a falência de diversos bancos suíços e demandou uma maior transparência de tais instituições, esses bancos mantiveram o status de gerir grandes patrimônios.
5. Sede de importantes organizações mundiais
A Suíça é sede de importantes órgãos mundiais, como a Organização das Nações Unidas e o Fórum Econômico Mundial. Este último, inclusive, reúne empresários, milionários, bilionários e economistas anualmente para uma série de palestras envolvendo economia e negócios.
Fonte: epocanegocios