Ibama aprova plano que concede licença ambiental para perfuração de poço exploratório
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou plano da Petrobras que é uma das medidas para a obtenção da licença ambiental para perfuração de poço exploratório em águas profundas do litoral do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas.
O conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) apresentado pela Petrobras é parte do Plano de Emergência Individual (PEI), conforme informou a empresa petrolífera.
De acordo com o Ibama, “a aprovação do conceito do PPAF indica que o plano, em seus aspectos teóricos e metodológicos, atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa. Assim, haverá vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada”.
Simulação in loco
Na próxima e última etapa prevista no processo de licenciamento, a Petrobras, juntamente com o Ibama, realizarão uma simulação in loco das ações de resposta a emergência. Dessa forma, será feita a Avaliação Pré-Operacional (APO). Nesse exercício, a simulação será um evento acidental de vazamento de óleo. O objetivo é avaliar sobretudo a eficácia do plano de emergência para a atividade de perfuração.
O Ibama avaliará a eficiência dos equipamentos. Além disso, também analisará a agilidade na resposta. Vai verificar o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos. Avaliará ainda a comunicação com autoridades e partes interessadas. O exercício envolverá mais de 400 pessoas. Contará com recursos logísticos como embarcações de grande porte, helicópteros e uma sonda de perfuração. A sonda será posicionada no local a ser perfurado.
Nesta etapa, a Petrobras terá de demonstrar a capacidade de atuar com prontidão para poder receber a licença para perfuração do poço.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a “companhia vem cumprindo de forma diligente todos os requisitos e procedimentos estabelecidos pelos órgãos reguladores, licenciadores e fiscalizadores“.
“Temos total respeito pelo rigor do licenciamento ambiental que esse processo exige. Estamos satisfeitos em avançar para essa última etapa e em poder comprovar que estamos aptos a atuar de forma segura na costa do Amapá. Vamos instalar na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultra-profundas”, explicou.
De acordo com a companhia, “a confirmação da existência de petróleo na Margem Equatorial poderá abrir uma importante fronteira energética para o país, que se desenvolverá de forma integrada com outras fontes de energia e contribuirá para que o processo de transição energética ocorra de forma justa, segura e sustentável”.
Fonte: Ag. Brasil