Plano Municipal do Livro é incentivo à leitura em Dourados
A Prefeitura de Dourados, através da Secretaria Municipal de Educação, deu um passo decisivo no início da semana para a construção de uma política permanente de incentivo à leitura em Dourados. A comissão responsável por elaborar o Plano Municipal do Livro, Leitura, Escrita e Biblioteca (PMLLLEB) reuniu-se pela primeira vez para dar início aos trabalhos. “Estamos seguindo as diretrizes do prefeito Marçal Filho, que tem cobrado a construção de uma Educação cada vez melhor para os nossos alunos”, enfatiza o secretário municipal de Educação, Nilson Francisco da Silva.
Durante a reunião de posse, foram eleitos por aclamação Marcos Coelho Cardoso como presidente da Comissão e Márcia Aparecida de Brito como vice-presidente. Imediatamente após a eleição, os membros aprovaram o Regimento Interno do grupo, marcando oficialmente o início das atividades. “Tenho convicção que esse processo será exitoso para o município de Dourados a partir do momento em que apontará políticas indispensáveis para a formação sólida dos nossos alunos”, ressalta Nilson Francisco.
Iniciativa transformadora
O secretário municipal de Educação destacou o caráter transformador da iniciativa de incentivo à leitura em Dourados. “Queremos fortalecer toda a cadeia literária e cultural de Dourados, valorizando nossos escritores locais, capacitando mediadores de leitura, modernizando nossas bibliotecas e, principalmente, garantindo que o acesso ao livro chegue a cada canto do nosso município, proporcionando ferramentas de enriquecimento do conhecimento e, por consequência, do aprenzidado dos nossos alunos”, afirmou Nilson Francisco.
A comissão foi instituída pela Resolução SME nº 132/2025, em conformidade com a Lei Federal nº 13.696/2018. Além disso, possui composição intersetorial e ampla participação. Integram o grupo representantes da Secretaria Municipal de Educação, bem como da Secretaria Municipal de Cultura e da Câmara Municipal de Dourados. Ainda mais, incluem-se a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Do mesmo modo, participam as Bibliotecas Indústria do Conhecimento, a Academia Douradense de Letras e a Academia de Letras do Brasil. Também integram o grupo o Grupo Literário Arandu, assim como a Biblio Editora.
Os trabalhos já começaram com a fase de diagnóstico. Nesse sentido, incluem consulta pública para coletar sugestões da população, bem como definir as prioridades do plano. A expectativa, portanto, é que o PMLLLEB esteja finalizado até o final de 2025. Assim, o município de Dourados poderá tornar-se referência em políticas públicas para o livro e a leitura.
Construção do plano
Construído a partir de muitas experiências, o Plano Municipal do Livro, Leitura, Escrita e Biblioteca nasceu com base nas diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura. Esse Plano Nacional, por sua vez, foi elaborado desde os anos 1930. Ele se baseou nos objetivos acordados pelos chefes de Estado que acataram propostas do Cerlalc e da OEI.
O documento está organizado em quatro eixos. Ele expressa a vontade unívoca de qual política de Estado para o livro e a leitura o PNLL quer consolidar. O Eixo 1 trata da democratização do acesso. Ele privilegia, sobretudo, as bibliotecas de acesso público. O Eixo 2 aborda o fomento à leitura e à formação de mediadores. Ou seja, reconhece a necessidade de fomentadores que ajudam a criar novos leitores. O Eixo 3 refere-se à valorização da leitura e da comunicação. Nesse sentido, aponta o livro como valor social, cultural e como direito de cidadania. O Eixo 4 trata do desenvolvimento da economia do livro. Assim, compreende o livro em seus vários suportes como parte de uma economia da cultura.
Princípios fundamentais
Os responsáveis pelo Plano construíram esses quatro eixos em torno de dois princípios fundamentais. O objetivo é consolidar uma política de Estado para o livro e a leitura. O Plano, portanto, precisa ultrapassar governos. Ele deve se afirmar como exigência permanente da sociedade brasileira. O primeiro princípio determina que só haverá êxito se Estado e Sociedade atuarem juntos na construção dos Planos. As tarefas são gigantescas e de longo prazo. Apenas a união forte dos dois entes que constituem a Nação pode dar conta dessa missão.
O segundo princípio é de que não se pode separar a Educação da Cultura nessa missão de formar leitores. Somente unidas, com estratégias que se completam nas escolas, nas famílias, nos bairros, nas empresas, nas comunidades, enfim, em todos os recantos em que haja a possibilidade de se exercer o direito de ler e escrever, elas poderão exercer papéis efetivos de suscitar nos brasileiros o gosto e o hábito da leitura.
Fonte: PM Dourados
