A Petrobras deve pôr fim a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que a empresa passou a adotar a partir de outubro de 2016
A Petrobras anunciou, por meio de um comunicado (14), que nesta semana serão discutidas alterações em sua política de preços. Segundo a estatal, as mudanças “serão analisadas pela Diretoria Executiva da Companhia no início da semana e poderá resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina”.
Na última sexta-feira (12), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a companhia deve anunciar na próxima semana a nova estratégia comercial de preços dos combustíveis. “Paridade internacional não existe. O que existe é paridade de importação. Não vamos perder venda, teremos preço atrativo para clientes”, defendeu.
“Semana que vem vamos falar de preço. Há chance de reajuste na semana que vem, de fazer uma avaliação em alguns combustíveis. Mas não vou dar spoiler”, disse Prates, durante entrevista coletiva sobre os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano.
Política de preços na Petrobras: Fim do PPI
Dessa maneira, a Petrobras deve pôr fim a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que a empresa passou a adotar a partir de outubro de 2016, após o golpe do impeachment contra a então presidenta Dilma Rousseff. O PPI dolarizou os preços dos combustíveis no Brasil. Mais do que isso, a Petrobras passou a formar os preços dos combustíveis como se tivessem 100% de importação. Considerando custos de transporte e taxas de importação inexistentes.
Assim, Prates afirmou a Petrobras vai buscar um equilíbrio entre o mercado internacional e a competitividade no país. “Antes (com o PPI), a Petrobras estava abdicando das vantagens nacionais que possui. Nós temos, por exemplo, refinarias ao lado do nosso cliente principal. Portanto, tudo isso faz parte de um modelo de preço empresarial e nós o apresentaremos melhor na semana que vem”.
“Seguimos comprometidos em praticar preços em equilíbrio com o mercado que garantam a competitividade da empresa sem perder a participação de mercado em cada área de influência das refinarias. Aliás, nos últimos 100 dias, o diesel caiu 23% nas refinarias, a gasolina caiu 4% e o gás natural caiu 19%”, ressaltou.
Fontes: verdesmares, petrobras, seudinheiro