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A Embrapa Pecuária Sudeste, investe em tecnologia para diminuir e mensurar a emissão de gases, como o metano, por exemplo

PESQUISA: A Embrapa investe em tecnologia para diminuir emissão de metano

Estudos sobre emissões de gases em bovinos tem como objetivo diminuir o impacto no clima

A Embrapa Pecuária Sudeste, no interior de São Paulo, investe em tecnologia para diminuir e medir a emissão de gases. Como o gás metano, por exemplo. Mas precisamente, em sistemas de produção de bovinos de corte e de leite. Buscando, dessa forma, a baixa emissão de gases. A fim de diminuir o impacto da atividade no clima. Afinal, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030.

O centro de pesquisa, localizado em São Carlos, trabalha com tecnologias tanto para atenuar a emissão, quanto para a medição de metano. Dessa forma, seguindo uma metodologia reconhecida internacionalmente.

O processo se dá através da medição de emissões. Onde se realiza a coleta de metano dos animais. Isso por meio de uma canga tubular acoplada a um cabresto. No entanto, a mesma fica disposta logo atrás da cabeça do bovino. Mais de 90% da produção desses gases saem pela boca e narinas. Sobretudo, quando o animal arrota. Após um período de 24 horas, o tubo é retirado. Nele se encontra o gás armazenado. O mesmo vai para análise no laboratório. As coletas são feitas a partir de uma amostra de animais. Assim sendo, por um determinado tempo em diferentes estações do ano.

A adoção dessas tecnologias é capaz de compensar as emissões geradas pela pecuária

O chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt, fala sobre essa tecnologia. “Nesse processo, por cinco dias consecutivos, a gente tem uma mostra composta do metano emitido por aquele animal que está no pasto.”

Além da Embrapa medir e tentar diminuir a emissão do gás metano, existem outros recursos tecnológicos. Os mesmos estão à disposição do setor para recuperação de pastagens degradadas. Bem como, as boas práticas de manejo animal e vegetal. Além disso, o uso adequado de insumos. Além do bem-estar animal. E ainda, a redução do ciclo de vida e manejo nutricional.

Para o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt, a adoção dessas tecnologias e boas práticas é capaz de compensar as emissões que a pecuária gera. E dessa forma, tornar o sistema de produção mais sustentável. Incluindo assim, sistemas integrados. Como manejo intensivo das pastagens. E o uso de aditivos na nutrição animal.

Enfim, os resultados das pesquisas e avanços tecnológicos da Embrapa Pecuária Sudeste têm contribuído com as alternativas para adaptação e mitigação frente aos efeitos das mudanças do clima. Colocando a descarbonização como meio para o desenvolvimento mais sustentável da pecuária brasileira.

Em resumo, os experimentos com animais na Embrapa Pecuária Sudeste tem avaliação da Comissão de Ética para o Uso de Animais (CEUA). Além disso, toda sua condução respeita o bem-estar animal e os princípios éticos.