Segundo a prefeitura de Machu Picchu, 779 turistas de diferentes nacionalidades estão retidos na região
Centenas de turistas estrangeiros ficaram bloqueados nesta quarta-feira (14) na região da cidadela inca de Machu Picchu, no Peru depois que a circulação dos trens foi suspensa por causa das manifestações que exigem eleições gerais e a libertação do ex-presidente Pedro Castillo, que foi destituído e preso após sua tentativa fracassada de golpe de Estado, em 7 de dezembro. Sendo assim, os visitantes estão bloqueados na cidade de Aguas Calientes, aos pés da montanha onde se ergue a joia do turismo peruano.
Não podemos voltar para Cusco e seguir para outro país devido aos protestos. Estou com crianças, para mim é um problema – disse à AFP a turista isralense Gale Dut.
Segundo a prefeitura de Machu Picchu, 779 turistas de diferentes nacionalidades estão retidos na região.
Eu tinha que ter saído de Cusco ontem [terça] e pegado um voo até Lima para voltar para casa, mas a situação não está clara no momento – disse um turista belga que se identificou como Walter.
Assim, o serviço ferroviário entre Cusco e Machu Picchu está suspenso desde terça-feira, quando os protestos se intensificaram e ficaram mais violentos em Cusco. Aliás, com tentativas de tomar o aeroporto internacional da cidade.
Turistas no Peru
Darwin Baca, prefeito de Machu Picchu Pueblo, cujo nome original é Aguas Calientes, pediu ao governo central apoio humanitário, com helicópteros, para retirar da cidade os turistas de Estados Unidos, México e Espanha.
Um vídeo gravado por Villarroel e verificado pela Reuters, viajantes da Argentina, Chile, França, Japão, Inglaterra, Peru e Estados Unidos pedem ajuda internacional.
Villarroel disse que o grupo tem pouco dinheiro e os moradores resistem a vender comida e água, deixando-os famintos e desidratados. Além disso, vários estão adoecendo ao serem forçados a dormir em ônibus com banheiros que já não funcionam mais.
“Não temos culpa pelo que está acontecendo no país”, disse Villarroel à Reuters.
“É um país bonito, e só queremos continuar nossa jornada.”
Fonte: swissinfo