Você está visualizando atualmente “PEBBLING”: Como pinguins podem nos ensinar a amar
Há uma coisa que diferencia a maneira como os pinguins-gentoo expressam seu amor: “pebbling”. Eles vivem sempre juntos e em harmonia

“PEBBLING”: Como pinguins podem nos ensinar a amar

Conceito praticado pelos pinguins-gentoo tem sido muito discutido nas redes sociais

Há uma coisa que diferencia a maneira como os pinguins-gentoo expressam seu amor: “pebbling”.

Se algum dia você for à Antártida, provavelmente encontrará colônias de pinguins-gentoo vivendo juntos em harmonia. Mas talvez você não saiba que esses animais, além de sociáveis, são incrivelmente românticos.

Como muitos de seus parentes pinguins, os gentoo são conhecidos por se acasalarem para a vida toda. Eles formam laços profundos e duradouros com seus parceiros escolhidos.

Durante a temporada de reprodução, um pinguim-gentoo macho procurará metodicamente pela pedra mais lisa e perfeita que puder encontrar. Ele apresenta essa pedra à parceira que quer conquistar como um símbolo de seu afeto. Se ela aceitar, a pedra se torna a base do ninho deles e simboliza o começo de uma vida juntos.

Esse belo ritual fala da profunda conexão entre esses pássaros, mas não se limita aos pinguins. Curiosamente, nós humanos também temos nossas próprias versões de pebbling. Como por exemplo, gestos simples e atenciosos que usamos para mostrar nosso amor e afeto — às vezes sem nem perceber.

Como os humanos usam o ‘Pebbling’?

O termo pebbling está ganhando imensa popularidade online. E muitas pessoas estão encantadas com a ideia de que, de fato, os humanos também praticam o conceito. Isso cativou muita gente e gerou várias conversas sobre as diversas maneiras possíveis de expressarmos afeto através de gestos pequenos e atenciosos. Hoje em dia, de acordo com a maioria, o compartilhamento de memes, vídeos e links parece ser a forma mais comum e disseminada de pebbling. É uma noção deliciosa de que, assim como os pinguins-gentoo, temos nossas próprias maneiras de mostrar com atos simples que a outra pessoa está em nossos pensamentos.

O compartilhamento de memes, em particular, pode ser mais comparado ao pebbling nos dias de hoje. Em vez de coletar gravetos, frutas ou pedras bonitas, compartilhamos fotos, TikToks ou tweets engraçados que achamos que as pessoas que gostamos iriam curtir. É nossa maneira moderna e humana de dizer: “Encontrei esta coisa legal e acho que quero que você a tenha.”

Um estudo de comunicação de 2023 confirmou isso ao descobrir que o compartilhamento de memes acontece com frequência em relacionamentos próximos. E além disso, tem um papel significativo em espalhar alegria para aqueles de quem gostamos.

O ato de compartilhar é mais do que apenas repassar conteúdo. É uma maneira intencionalmente atenciosa de se conectar, mostrar que estamos pensando neles. E, com sorte, trazer um sorriso ao seu rosto. No entanto, o pebbling vai além de memes engraçados e TikToks. Na realidade, ele pode se manifestar em nossos relacionamentos de várias outras maneiras.

Compartilhando música

Compartilhar música, seja uma playlist cuidadosamente curada ou uma mixtape à moda antiga, é uma forma de pebbling. O ato de selecionar músicas envolve consideração e atenção, cada uma dizendo: “Quando ouço isso, penso em você.”

Presentear

A tradição de presentear, seja um objeto pequeno ou grandioso, está profundamente enraizada no comportamento humano. E se assemelha,contudo, ao ritual de pebbling dos pinguins-gentoo. Esta prática vai além do item físico — simboliza consideração e afeto, e mostra ao destinatário que seus desejos, necessidades e gostos não passam despercebidos.

Pesquisas do Journal of Experimental Social Psychology destacam que “Presentear é um comportamento antigo, ubíquo e familiar. Muitas vezes considerado, entretanto, como uma forma de construir e fomentar conexões sociais.” Cada presente — independentemente de ser luxuoso ou modesto — é uma expressão palpável de amor e cuidado. Pois foi escolhido para trazer alegria e felicidade ao destinatário.

Cartas escritas à mão

Em uma era, contudo, que prepondera a comunicação digital, cartas manuscritas ocupam um lugar especial como uma forma sentimental de pebbling. O ato de colocar a caneta no papel e escolher cuidadosamente as palavras é a maneira mais articulada e deliberada de expressar nosso amor aos outros. Essas cartas — sejam lambidas, seladas e enviadas, ou deixadas em casa para serem encontradas — capturam emoções e memórias de uma maneira que as mensagens digitais muitas vezes não conseguem.

Atos de Serviço

Realizar atos de serviço é outra maneira de os humanos se envolverem em pebbling. Esses atos, impulsionados pelo “amor compassivo”, demonstram uma profunda vontade de melhorar o bem-estar do outro, sem jamais esperar nada em troca. Conforme definido por uma pesquisa do Journal of Social and Personal Relationships, o amor compassivo envolve “preocupação com o bem-estar do outro e a realização de ações para promovê-lo, independentemente de essas ações resultarem em benefícios futuros para si mesmo.”

Seja uma xícara de café pela manhã, uma tarefa cumprida ou um reparo feito sem pedir, esses atos de serviço são noções altruístas que constroem e reforçam as bases de um relacionamento amoroso — assim como um pedregulho em um ninho na Antártida.

Fonte: Forbes