O ouro atingiu (17) novo recorde histórico, superando a marca de US$ 4.335,87 (R$ 23.629,49) a onça.
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impulsionado pelo aumento das tensões comerciais entre EUA e China e pelas expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O metal precioso, tradicional ativo de proteção em períodos de incerteza, reflete a busca global por segurança diante de um cenário econômico mais frágil e de políticas monetárias potencialmente mais brandas.
Sobretudo, o movimento é sustentado por fatores como incertezas geopolíticas, forte demanda de bancos centrais. E fluxos crescentes em ETFs globais, que vêm reforçando a tendência de valorização.
No campo político, a reabertura das disputas comerciais entre EUA e China — após o presidente norte-americano Donald Trump encerrar a trégua entre as duas maiores economias do mundo — ampliou a busca por proteção. Ao mesmo tempo, o mercado precifica 97% de chance de corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros norte-americana já em outubro, e 100% de probabilidade de nova redução em dezembro. Analistas do Bank of America e do Société Générale projetam que o ouro pode atingir US$ 5.000 em 2026, enquanto o Standard Chartered revisou sua previsão para US$ 4.488 em média no próximo ano.
Análise técnica do ouro
O ouro negocia com alta superior a 55,00% em 2025, acumulando ganho de mais de 6,00% neste mês de outubro. O ativo vem de várias semanas consecutivas de valorização e segue renovando topos históricos. Pelo gráfico semanal, rompeu suas máximas anteriores e atualmente registra topo em US$ 4.132.
Apesar do movimento esticado, que abre espaço para uma eventual correção técnica, até o momento não há sinal de reversão. E o ouro pode seguir renovando topos caso mantenha o fluxo comprador. As médias móveis seguem inclinadas para cima, reforçando a força da tendência altista.
No cenário atual, o ativo se mantém acima das médias de 9 e 21 períodos, o que demonstra forte controle dos compradores. Desse modo, caso haja uma correção, ela deve ser encarada como movimento saudável dentro da tendência, tendo em vista o afastamento do preço em relação às médias.
O cenário segue favorável aos compradores, com o ouro consolidado como um dos ativos de melhor desempenho de 2025.
Futuros e ETFs de Ouro ganham força na B3
O avanço do ouro nos mercados internacionais também se reflete no crescimento do interesse por produtos ligados ao metal na B3. Segundo levantamento da plataforma DataWise+, uma solução da B3 e da Neoway, o Contrato Futuro de Ouro (GLD) movimentou R$ 936 milhões entre julho e setembro, com alta de 700% no volume mensal — de R$ 99 milhões em agosto para R$ 801 milhões em setembro.
Os investidores não residentes (estrangeiros) lideram as operações, respondendo por R$ 588 milhões. Seguidos por pessoas físicas (R$ 233 milhões) e fundos de investimento (R$ 110 milhões). Todavia, desde setembro, a B3 oferece isenção total de tarifas de negociação até 30 de novembro. Em uma estratégia para ampliar o acesso e atrair novos participantes ao mercado.
Além do contrato futuro, há outras formas de investir em ouro na bolsa brasileira. Contudo, os ETFs GOLD 11 e GLDX11 permitem exposição direta ao metal.
Por fim, com a valorização histórica no exterior e a expansão dos derivativos locais, o ouro consolida sua posição como uma das principais alternativas de proteção e diversificação de portfólio no mercado brasileiro.
Fonte: infomoney