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Ouro rompe recorde e supera US$ 4.100 com tensão EUA-China, enquanto incertezas geopolíticas e a forte demanda de bancos centrais sustentam o movimento. Foto: Freepik

Ouro rompe recorde e supera US$ 4.335 com tensão EUA-China e aposta em juros menores

Ouro bateu novo recorde histórico hoje (17), após aumentarem as tensões comerciais entre EUA e China

O ouro atingiu (17) novo recorde histórico, superando a marca de US$ 4.335,87 (R$ 23.629,49) a onça.

Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-money/2025/10/ouro-ultrapassa-us-43-mil-e-caminha-para-maior-aumento-semanal-desde-2008/

impulsionado pelo aumento das tensões comerciais entre EUA e China e pelas expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O metal precioso, tradicional ativo de proteção em períodos de incerteza, reflete a busca global por segurança diante de um cenário econômico mais frágil e de políticas monetárias potencialmente mais brandas.

Sobretudo, o movimento é sustentado por fatores como incertezas geopolíticasforte demanda de bancos centrais.fluxos crescentes em ETFs globais, que vêm reforçando a tendência de valorização.

No campo político, a reabertura das disputas comerciais entre EUA e China — após o presidente norte-americano Donald Trump encerrar a trégua entre as duas maiores economias do mundo — ampliou a busca por proteção. Ao mesmo tempo, o mercado precifica 97% de chance de corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros norte-americana já em outubro, e 100% de probabilidade de nova redução em dezembro. Analistas do Bank of America e do Société Générale projetam que o ouro pode atingir US$ 5.000 em 2026, enquanto o Standard Chartered revisou sua previsão para US$ 4.488 em média no próximo ano.

Análise técnica do ouro

O ouro negocia com alta superior a 55,00% em 2025, acumulando ganho de mais de 6,00% neste mês de outubro. O ativo vem de várias semanas consecutivas de valorização e segue renovando topos históricos. Pelo gráfico semanal, rompeu suas máximas anteriores e atualmente registra topo em US$ 4.132.

Apesar do movimento esticado, que abre espaço para uma eventual correção técnica, até o momento não há sinal de reversão. E o ouro pode seguir renovando topos caso mantenha o fluxo comprador. As médias móveis seguem inclinadas para cima, reforçando a força da tendência altista.

No cenário atual, o ativo se mantém acima das médias de 9 e 21 períodos, o que demonstra forte controle dos compradores. Desse modo, caso haja uma correção, ela deve ser encarada como movimento saudável dentro da tendência, tendo em vista o afastamento do preço em relação às médias.

O cenário segue favorável aos compradores, com o ouro consolidado como um dos ativos de melhor desempenho de 2025.

Futuros e ETFs de Ouro ganham força na B3

O avanço do ouro nos mercados internacionais também se reflete no crescimento do interesse por produtos ligados ao metal na B3. Segundo levantamento da plataforma DataWise+, uma solução da B3 e da Neoway, o Contrato Futuro de Ouro (GLD) movimentou R$ 936 milhões entre julho e setembro, com alta de 700% no volume mensal — de R$ 99 milhões em agosto para R$ 801 milhões em setembro.

Os investidores não residentes (estrangeiros) lideram as operações, respondendo por R$ 588 milhões. Seguidos por pessoas físicas (R$ 233 milhões) e fundos de investimento (R$ 110 milhões). Todavia, desde setembro, a B3 oferece isenção total de tarifas de negociação até 30 de novembro. Em uma estratégia para ampliar o acesso e atrair novos participantes ao mercado.

Além do contrato futuro, há outras formas de investir em ouro na bolsa brasileira. Contudo, os ETFs GOLD 11 e GLDX11 permitem exposição direta ao metal.

Por fim, com a valorização histórica no exterior e a expansão dos derivativos locais, o ouro consolida sua posição como uma das principais alternativas de proteção e diversificação de portfólio no mercado brasileiro.

Fonte: infomoney