Vamos analisar os prós e contras do treino de cardio em jejum, esclarecendo os principais mitos e verdades a respeito dessa prática
O treino de cardio em jejum tem gerado muita polêmica entre os praticantes de atividades físicas e os profissionais da área de saúde. Algumas pessoas defendem que essa prática é extremamente benéfica para a perda de peso e para o aprimoramento do condicionamento físico. Enquanto outras afirmam que ela pode ser perigosa e trazer prejuízos para a saúde.
Neste artigo, vamos analisar os prós e contras do treino de cárdio em jejum, esclarecendo os principais mitos e verdades a respeito dessa prática e ajudando você a decidir se ela é adequada ou não para o seu estilo de vida e seus objetivos físicos.
O que é o treino de cárdio em jejum?
Antes de discutirmos os prós e os contras do treino de cárdio em jejum, é importante entendermos do que se trata essa prática. Assim, o treino de cárdio em jejum consiste em fazer uma atividade aeróbica, como corrida, bicicleta ou caminhada, antes de ingerir qualquer tipo de alimento, logo depois de acordar.
A ideia por trás dessa prática é que, ao realizar a atividade física em jejum, o corpo será obrigado a utilizar os estoques de gordura como fonte de energia. O que contribuiria para a perda de peso e para a redução dos níveis de gordura corporal.
Prós do treino de cárdio em jejum
Aumento da queima de gordura
Um dos principais argumentos dos defensores do treino de cárdio em jejum é que essa prática aumenta a queima de gordura durante o exercício. Isso ocorre porque, quando o organismo está em jejum, os níveis de insulina tendem a ser mais baixos. O que facilita a mobilização dos estoques de gordura para utilizar como fonte de energia.
Além disso, ao fazer o exercício em jejum, o corpo não tem carboidratos disponíveis para serem queimados. O que faz com que ele recorra às reservas de gordura para produzir energia.
Melhora do condicionamento físico
Outro benefício apontado pelos defensores do treino de cárdio em jejum é a melhora do condicionamento físico. Eles argumentam que, ao realizar a atividade física em jejum, o corpo obrigado a trabalhar com menos energia disponível, o que ajuda a aprimorar a capacidade de usar o oxigênio e a produzir energia a partir dos estoques de gordura.
Dessa forma, os praticantes de treino de cárdio em jejum poderiam ter mais resistência física, realizando atividades aeróbicas por períodos mais longos sem sentir tanta fadiga.
Redução da fome e do apetite
Outra vantagem do treino de cárdio em jejum é a redução da fome e do apetite. Isso ocorre porque, ao fazer o exercício em jejum, o corpo acaba acelerando o metabolismo e queimando mais calorias ao longo do dia, o que pode ajudar a reduzir o apetite e controlar a quantidade de calorias ingeridas.
Contras do treino de cárdio
Risco de catabolismo muscular
Um dos principais argumentos contrários ao treino de cárdio em jejum é o risco de catabolismo muscular. Portanto, o catabolismo muscular ocorre quando o organismo começa a quebrar o tecido muscular para produzir energia, o que pode levar a perda de massa magra e comprometer o desempenho físico.
Isso ocorre porque, durante o exercício em jejum, o corpo não tem carboidratos suficientes para produzir energia de maneira eficiente. O que faz com que ele comece a recorrer às proteínas musculares para suprir essa demanda.
Maior risco de lesões
Outro problema do treino de cárdio em jejum é o maior risco de lesões. Quando o corpo está em jejum, ele pode não ter energia suficiente para realizar a atividade física de maneira adequada, o que aumenta o risco de lesões musculares e articulares.
Além disso, quando o organismo está em jejum, ele pode estar desidratado e com os níveis de glicogênio muscular baixos, o que pode comprometer a capacidade de recuperação muscular e aumentar o risco de lesões.
Possível impacto negativo na função imunológica
Por fim, alguns estudos mostram que o treino de cárdio em jejum pode ter um impacto negativo na função imunológica do organismo. Aliás, isso ocorre porque, ao realizar uma atividade física intensa em jejum, o corpo acaba liberando hormônios de estresse. Como o cortisol, que podem comprometer a resposta imunológica.
Além disso, o maior risco de desidratação durante o exercício em jejum pode aumentar os níveis de inflamação do organismo e comprometer a função imunológica.
Fonte: defesa