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Fingir ser feliz constantemente pode causar sérios danos à nossa saúde mental e nos impedir de lidar com as causas que são as verdadeiras raízes de nossos problemas

VIDA INSTAGRAM: Os perigos de fingir ser feliz e otimista o tempo todo

Todos enfrentam desafios e dificuldades em diferentes momentos das vidas, o que nos deixa exaustos, estressados ​​e ansiosos

Durante os momentos de tristezas, as normas sociais encorajam a fingir as verdadeiras emoções por trás da fachada de ser uma pessoa otimista. Podemos receber conselhos como:

“Você pode não estar sentindo isso agora, mas precisa fingir até conseguir.”
“Isto está tudo na sua cabeça. Apenas sorria e se sentirá melhor.”
“Só foque em se sentir melhor e você verá seus problemas desaparecerem.”

Embora a positividade possa ser uma ferramenta útil para superar certos desafios e contratempos, fingir ser feliz constantemente pode causar sérios danos à nossa saúde mental e nos impedir de lidar com as causas que são as verdadeiras raízes de nossos problemas.

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1. Suprime emoções reais

É impossível esperar que você seja 100% genuíno e autêntico sobre o que está sentindo. Hora, lugar e situação muitas vezes ditam a adequação de nossas expressões, nos orientando, em certos casos, a proteger os sentimentos de alguém ou respeitar o espaço dos outros.

Reprimir e esconder suas verdadeiras emoções com um sorriso em prol do bem maior é uma habilidade boa para ter na manga. No entanto, sorrir constantemente para evitar lidar com seu próprio desconforto pode ser um sinal de um padrão mais profundo e tóxico.

Aliás, um estudo publicado no Academy of Management Journal descobriu que trabalhadores que tentaram fingir emoções e seguir em frente relataram piora do estado emocional ao longo do tempo.

Sorrir para manter uma fachada é autoengano e apenas adia o inevitável. Embora às vezes precisemos sorrir para superar um momento difícil, se afastar constantemente de seus verdadeiros sentimentos causa mais danos psicológicos do que benefícios.

2. Leva a crenças irreais

A sabedoria convencional sugere que quanto mais as pessoas sorriem, mais positivas se sentem e sentimentos positivos aumentam o bem-estar.

Desafiando essa crença popular, um artigo publicado no Journal of Experimental Social Psychology descobriu que sorrir com frequência pode, na verdade, ter o efeito contrário. Não é o ato de sorrir em si que aumenta a felicidade ou o bem-estar, mas a interpretação do sorriso como um reflexo de felicidade que tem mais peso.

Simplificando, a crença “estou feliz porque sorrio” pode ser contraproducente em oposição a “sorrio porque estou feliz”.

Aliás, outras crenças prejudiciais que podem levar a expectativas irreais e prejudicar o bem-estar são:

– “Sou invencível, nada me machuca” X “Sou forte o suficiente para superar esse obstáculo”
– “Minha vida é perfeita” X “Estou feliz onde estou agora e vou trabalhar para ter uma vida melhor para mim mesmo”
– “Sou o mais bonito entre meus amigos” X “Amo minha aparência e gosto de me esforçar para melhorar minha aparência”

Afirmações que não estão alinhadas com os valores internos de alguém podem levar a resistência adicional, criando complacência e reduzindo a responsabilidade pela própria felicidade.

3. Dá uma impressão falsa

Na busca por convencer a si mesmo de sua felicidade, você inevitavelmente transmite a mesma impressão para amigos e entes queridos, o que os leva a tratá-lo de uma maneira específica.

Embora uma autoimagem positiva possa definitivamente encorajar uma perspectiva mais positiva, uma apresentação honesta de si volta à necessidade do indivíduo por apoio social. Assim, estudando o comportamento online de indivíduos no Facebook, os pesquisadores descobriram que a auto-revelação genuína desempenha um papel importante na sinalização da necessidade de apoio social.

“Enquanto se esconde por trás de uma máscara sorridente no Facebook, alguém pode ainda se sentir feliz”, afirma o autor principal do estudo, o psicólogo Junghyun Kim. “Essa felicidade, no entanto, pode não estar enraizada no apoio social significativo fornecido pelos amigos do Facebook.

Fonte: Forbes