O ponto principal é: você tem que ser bem direto sobre o que quer logo no início da conversa com alguém ou no primeiro encontro
Às vezes, tudo que queremos é um amor para chamar de nosso – mas parece que até para isso existe a maior burocracia, a tendência chamada hardballing, traduzindo a expressão do inglês, ela significa “jogar pesado”. Mas, no bom e velho português, pode ser considerada um ato de “ir direto ao ponto” ou “colocar as cartas na mesa”.
E a nossa galera, principalmente a da geração Z, tem se conectado mais com esse jeito mais direto de se relacionar na hora do date. Mesmo com a internet e os aplicativos de relacionamento, existe todo um processo de se conectar com um match ideal.
Só de pensar na disposição emocional para tentar encontrar alguém que esteja na mesma vibe que você pode dar uma preguiça. Mas, se esse for o seu maior seu desafio, existe um outros jeito de flertar que pode ser mais direto e facilitar o, digamos, alinhamento das expectativas.
O ponto principal é: você tem que ser bem direto sobre o que quer logo no início da conversa com alguém ou no primeiro encontro. O papo já começa com você pontuando seus interesses e a outra pessoa, os dela. Afinal, perguntar “o que você está procurando?” não faz mal a ninguém, né? Vai que você está procurando um namoro e a pessoa está só querendo um passatempo? Às vezes você pode até topar o passatempo… Quem sabe?
Levando em consideração que os aplicativos de relacionamento e até mesmo as redes sociais só fornecem informações superficiais sobre o outro, o objetivo principal de aderir a esse estilo de flerte é evitar frustrações, caso apareçam conflitos de interesses e expectativas.
A tendência hardballing e o Reflexo do distanciamento social
A criadora do podcast Unidos pelas pessoas (“Paired by the People“) e especialista em relacionamentos, Lakshmi Rengarajan, levanta a possibilidade de que o crescimento dessa tendência é resultado do isolamento social que a pandemia submeteu a nós, jovens. “Nós reduzimos a velocidade para recomeçar e pensar em tudo o que dá sentido às nossas vidas”, explicou em entrevista recente à BBC.
Segundo a pesquisa Global Dating Insights, a pandemia realmente aumentou o interesse das gerações Millennial e Z por encontrar um parceiro fixo. E de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, nos Estados Unidos, o uso de aplicativos aumentou em 215% durante o isolamento social.
Essa tendência hardballing entra em cena porque, de modo geral, as pessoas não querem mais “perder tempo”. Elas querem achar alguém para ter algo sério e, se não for assim, que tudo esteja claro para ambos os lados.
Mas cuidado com o radicalismo, viu?
Todo movimento para evitar frustrações e exigir pragmatismo das relações pode ser muito positivo. Mas é preciso tomar cuidado com o radicalismo. Ir direto ao ponto pode ser bom, mas que tal entender e dar tempo para conhecer melhor a outra pessoa? Se você ficar preso a alguns requisitos básicos, talvez possa perder a chance de conhecer alguém muito legal.
“Não acredito que as pessoas devam ir a um encontro com a mentalidade de que ‘se essa pessoa não se encaixar em cada uma das minhas exigências, não terá um segundo encontro’”, continua a especialista à BBC.
Isso também vale para quem não tem muitas experiências em conhecer alguém, viu? Essa fase de buscar, se frustrar e ir com a mente aberta para experimentar novas vivências são essenciais para aprendizados. Então, se você ainda não vivenciou muita coisa na vida amorosa, não se blinde 100% ao hardballing.
Fonte: prensa.li