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O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul é referência em gestação de alto risco e possui 35 leitos neonatais

NOVEMBRO ROXO: HRMS faz alerta e abre ações alusivas ao mês da prematuridade

Em 2022, por exemplo, dos 2.560.320 nascidos vivos no Brasil, 11% eram prematuros

Considerado como um dos grandes alerta de problemas da saúde pública da atualidade, a prematuridade vem aumentando em quase todo o mundo sendo o principal componente da mortalidade infantil no Brasil. Que aliás, está entre os dez países com maior número de nascimentos prematuros, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Assim em 2022, por exemplo, dos 2.560.320 nascidos vivos no Brasil, 11% eram prematuros. No mesmo ano, Mato Grosso do Sul registrou 40.486 nascimentos dos quais 13% foram prematuros. São considerados prematuros os bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias).

A doutora Bianca Stavis Conte, médica neonatologista da UTI Neonatal do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). Explica que quanto menor a idade gestacional, maior a mortalidade e maior a incidência de morbidades: paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sequelas oculares e motoras.

Doenças não tratadas

Doenças infectocontagiosas não tratadas (sífilis, aids, toxoplasmose, etc.); doenças maternas como diabetes, hipertensão e obesidade; extremos de idade (inferior a 16 ou superior a 35 anos); maus hábitos (etilismo, tabagismo e drogadição), e, principalmente, a ausência de pré-natal, são os principais fatores que podem comprometer a gestação.

“Alguns problemas, quando detectados durante os exames pré-natais de rotina, podem ser diagnosticados e tratados, evitando o nascimento prematuro. A infecção urinária, por exemplo, é relativamente comum na gestante e pode desencadear trabalho de parto prematuro, ruptura prematura da bolsa amniótica, sepse neonatal precoce (infecção generalizada no recém-nascido), meningite neonatal, paralisia cerebral e levar à morte do bebê”. Pontuou a doutora Bianca.

Além disso, em países desenvolvidos a principal causa de parto prematuro é a Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), assim como outras doenças maternas. No Brasil, a infecção do trato urinário, o trabalho de parto prematuro sem causa definida e a ruptura prematura das membranas estão entre as principais causas. Assim, a ausência de pré-natal. Bem como a irregularidade no acompanhamento ainda é frequente em nosso meio.

Alerta para prematuridade

A redução da morbimortalidade neonatal está relacionada ao aperfeiçoamento do cuidado neonatal, investimento tecnológico e à assistência pré-natal de qualidade. “Apesar da gestação ser um fenômeno fisiológico, em cerca de 10% dos casos pode-se identificar um ou mais fatores que colocam em risco a gestante e ou o seu feto”. Completou a médica neonatologista.

Aliás, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul é referência em gestação de alto risco e possui 35 leitos neonatais, dos quais: 10 de UTI neonatal, 20 de Unidade Neonatal de Cuidados Intermediários e 5 de Unidade Canguru.

No ano de 2023, de 01 de janeiro de 2023 a 31 de outubro de 2023, 338 pacientes internados e receberam alta da Unidade Neonatal do HRMS. “Destes, a maioria prematuros. Prematuros com peso de nascimento inferior a 1500g ou com menos de 32 semanas de idade gestacional são os bebês de maior risco. Especialmente aqueles que nascem com menos de 1000g. A sobrevida destes nenês hoje é superior a 80%. Mas o risco de sequelas aumenta com o grau de imaturidade”, pontuou a médica neonatologista.

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