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Nova autópsia realizada no corpo de Juliana Martins, pelo Instituto Médico-Legal, revelou que a brasileira passou por “sofrimento físico e psíquico” antes da queda fatal no Monte Rinjani. Foto: Reprodução/Redes Sociais

JULIANA MARTINS: Nova autópsia revela que a brasileira passou por estresse físico e mental antes de queda fatal

A família de Juliana Martins solicitou uma nova autópsia, que foi realizada assim que o corpo chegou ao Brasil

A nova autópsia no corpo de Juliana Martins, realizada pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, revelou que a brasileira pode ter passado por um “sofrimento físico e psíquico” antes da queda fatal no Monte Rinjani, na Indonésia. O laudo ainda afirma que a jovem sobreviveu por, no máximo, 15 minutos após o impacto. A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou as informações na noite (8).

Peritos confirmaram que Juliana morreu por múltiplos traumas causados por uma queda de altura, por meio do exame feito após a chegada do corpo da brasileira ao Brasil. Seis dias depois que encontraram ela.

Entretanto, os peritos não sabem dizer o horário exato da queda fatal e da morte, por causa do estado que o corpo chegou ao local, já embalsamado. Um trecho do laudo indica que Juliana também pode ter passado por momentos de sofrimento antes de morrer:

“Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, escreveram os legistas.

O laudo confirma que um único impacto de grande intensidade causou os ferimentos em Juliana, comprometendo órgãos vitais como crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna. No entanto, o documento não informa quantas vezes Juliana caiu antes de morrer.

Os peritos também identificaram marcas que mostram que o corpo se deslocou após o impacto, possivelmente devido à inclinação do terreno. Por outro lado, outros fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para que Juliana ficasse desorientada.

Os peritos também encontraram lesões musculares e ressecamento nos olhos, mas não identificaram sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas.

Relembre o caso

Possível negligência

A família questionou os peritos sobre a possibilidade de a falta de atendimento imediato ter sido decisiva para a morte de Juliana. Mas os peritos afirmaram que elementos para responder estão prejudicados.

Além disso, a família havia alegado “dúvidas na certidão de óbito” emitida na Indonésia para pedir a nova perícia. Eles afirmam que ainda não esclareceram o momento da morte da jovem, que os bombeiros só resgataram quatro dias após a queda.

Segundo o legista indonésio que fez a primeira autópsia, Juliana sofreu “trauma torácico grave” após cair pela segunda vez na encosta do monte Rinjani. De acordo com Ida Bagus Putu Alit, além de hemorragia interna, a brasileira tinha ferimentos na cabeça. Fraturas na coluna vertebral. Nas coxas. Além de outras escoriações pelo corpo.

Juliana Marins, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, formou-se em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

Fonte: g1