Segundo o Índice Abrasel-Stone divulgado nesta quinta-feira (17), nem os Dia dos Namorados conseguiu evitar queda de 3,7% nas vendas do setor de bares e restaurantes, no mês de junho
Nem datas como o Dia dos Namorados ou as festas tradicionais conseguiram impedir a queda de 3,7% nas vendas do setor de bares e restaurantes em junho deste ano, na comparação com o mês anterior, como mostra o Índice Abrasel-Stone divulgado nesta quinta-feira (17).
Na comparação com junho de 2024, a retração foi ainda mais acentuada, chegando a 5,8%. No acumulado do primeiro semestre, o desempenho, porém, ficou praticamente estável, com recuo de apenas 0,2% frente aos seis primeiros meses do ano passado.
O resultado surpreendeu negativamente empresários e especialistas. Especialmente por se tratar de um mês com datas que tradicionalmente impulsionam o movimento do setor de alimentação fora do lar. Como a semana dos namorados e festas regionais.
Queda generalizada
Na comparação anual, apenas dois estados registraram crescimento nas vendas: Sergipe , que registrou uma alta de 3,2%, e Tocantins com 0,9%. Todas as demais unidades da federação tiveram retração, com destaque negativo para o Sul do país. Onde o Rio Grande do Sul registrou baixa de 17,7% e Santa Catarina de 13,3%, lideraram as perdas no País. Por outro lado, também chamaram atenção as quedas em Alagoas, de 7,7%, Roraima (-7,6%) e Paraíba (-6,7%).
Em São Paulo e Pernambuco, o recuo foi de 4,8%, seguido de perto por Rio de Janeiro com -4,7% e Minas Gerais (-3,9%). “Isso mostra que mesmo estados com forte presença de bares e restaurantes urbanos ou turísticos não ficaram imunes ao cenário adverso”, diz Freitas.
Expectativa para o segundo semestre
Apesar dos dados negativos, tanto a Abrasel como a Stone mantêm uma perspectiva moderadamente otimista para o segundo semestre do ano. Desse modo, a expectativa é que a combinação de desaceleração da inflação e manutenção do emprego contribua para uma recuperação gradual no consumo. Contudo, o setor de alimentação fora do lar é um dos mais sensíveis às variações de renda e crédito e, por isso, responde rapidamente a qualquer melhora ou deterioração do ambiente econômico.
“O momento exige atenção, cautela na gestão dos negócios e uso de dados para decisões estratégicas. Por isso criamos o índice: para que os empreendedores não naveguem no escuro”, diz Solmucci.
Fonte: infomoney