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Lula pode beneficiar exportações brasileiras após negociação com os EUA, segundo a CNI. Foto: Reprodução/ Pixabay

Negociação com EUA pode beneficiar US$ 7,8 bi em exportações brasileiras

Após conversa por videochamada entre Trump e Lula, os EUA podem isentar do tarifaço US$ 7,8 bilhões em exportações brasileiras

Após a ligação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump (6), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou um levantamento que estima que uma negociação entre os países pode abrir espaço para isentar do tarifaço até US$ 7,8 bilhões em exportações brasileiras aos EUA.

A CNI considerou um eventual acordo baseado na Ordem Executiva de 5 de setembro do governo americano, que prevê possíveis isenções tarifárias de 1.908 produtos para países que tenham acordos recíprocos com os norte-americanos, incluindo tarifas recíprocas e setoriais.

O anexo abrange 18,4% do total exportado do Brasil para os EUA em 2024, que se somaria aos 26,2% já isentos em tarifas adicionais.

A CNI aponta destaques da lista de isenções para os exportadores brasileiros, como café, cacau, frutas tropicais e produtos metálicos. Por outro lado, a ordem também contempla itens como produtos agrícolas, aeronaves e peças, medicamentos genéricos e insumos farmacêuticos.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, defende o diálogo e o respeito entre as partes. “Para a indústria, é muito relevante esse avanço das tratativas. Desde o início, nós defendemos o diálogo, pautado pelo respeito e pela significância desta parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível”, afirma.

Sobretudo, a confederação liderou a missão empresarial a Washington em setembro para conversar com contrapartes americanas sobre os efeitos do tarifaço.

Por que Donald Trump impôs tarifas de 50% a produtos brasileiros?

Descubra os motivos a seguir:

Donald Trump impôs tarifas de 50% a produtos brasileiros principalmente por motivos comerciais e de pressão política. A justificativa oficial nos casos de tarifas elevadas geralmente envolve:

  1. Desequilíbrio na balança comercial: Trump criticava o déficit comercial dos EUA com determinados países, incluindo o Brasil, e usou tarifas para tentar reduzir a diferença.

  2. Proteção da indústria americana: Produtos como aço, alumínio e alimentos competem com produção nacional. Ao aumentar tarifas, ele buscava proteger empresas e empregos nos EUA.

  3. Pressão política e estratégica: Tarifas podem ser usadas como ferramenta de negociação para forçar concessões em comércio bilateral ou em setores específicos.

No caso do Brasil, os produtos afetados incluíam carne, café, açúcar, armas e munições, que eram sensíveis à concorrência internacional e estratégicos para a economia americana. O objetivo, contudo, era tornar esses produtos mais caros nos EUA, favorecendo produtores domésticos e abrindo espaço para negociações comerciais.

Fonte: cnn