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Em meio ao conflito da Rússia contra a Ucrânia, as irmãs Tatyana de 25 anos e Angelika, de 24, se reencontram após 20 anos

NA FUGA DA GUERRA: Duas irmãs ucranianas se reencontram após 20 anos

O reencontro se deu por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia

Em meio ao conflito da Rússia contra a Ucrânia, as irmãs ucranianas Tatyana Kluge García, de 25 anos, e Angelika Batiai, de 24, se reencontram após 20 anos. Elas se separaram por questões familiares. Entretanto, o reencontro ocorreu durante o trajeto de fuga de uma das duas. Pois a mesma, teve que abandonar a cidade ucraniana de Nova Odessa.

Aliás, ambas passaram os primeiros anos de suas vidas juntas na vila de Nikolaev, no sul da Ucrânia. Crescendo, dessa forma, com a ausência da mãe. Por questões familiares, Angelika, na época com apenas 5 anos, foi enviada para morar com uma tia. Do mesmo modo, Tatyana, de 6 anos, foi viver com uma avó, antes de acabar sob os cuidados do Estado.

Angelika, descreve a sensação de rever a irmã: “maravilhosa e inacreditável”

As irmãs ucranianas lamentaram muito a separação, conforme recorda Tatyana. Assim sendo, depois, aos 8 anos, foi adotada por uma família na cidade espanhola de Girona. Assim, ela precisou trocar o ucraniano pelo espanhol. “Economicamente era impossível, a tia de Angelika (na Ucrânia) não podia dar ao luxo de nos acolher”, ela explica ao jornal britânico The Guardian.

Tentando enfrentar a situação, Tatyana continuou pensando na irmã. “Eu sempre disse que iria para a Ucrânia e a encontraria”, disse. Quando adolescente, a garota vasculhou as mídias sociais em busca da familiar. Chegando, desse modo, até a baixar a rede social russa VK.

As irmãs se encontraram pelas redes sociais, mas se juntaram por conta do conflito

Mas foi Angelika quem acabou encontrando-a, no Facebook, em 2019. Já em 2022, porém, o encontro acabou acontecendo após Angelika se ver temerosa em relação a bombardeios russos que avançavam contra a Ucrânia. “Eu esperava que tudo isso passasse e ficasse bem. Mas ficou a cada dia, cada vez pior”, contou Angelika ao Guardian. “A Tatyana estava me mandando mensagens todos os dias, dizendo: ‘faça as malas, estamos todos esperando por você e preocupados”, acrescentou.

Atualmente, Angelika está vivendo no mesmo apartamento em que Tatyana reside. Como a irmã mais velha perdeu, com o passar do tempo, parte das habilidades que tinha com a língua ucraniana, ambas têm se comunicado com auxílio de ferramentas de tradução e gestos com as mãos. “Eu simplesmente não consigo parar de pensar nisso”, afirmou Angelika, descrevendo a sensação de rever a irmã como “maravilhosa e inacreditável”.