Evento será em fevereiro, envolvendo os quatro países sul-americanos
O governo do Estado vai fazer um encontro, em fevereiro do próximo ano, entre governadores e empresários dos quatro países envolvidos na Rota Bioceânica para falar dos desafios e possibilidades que o caminho abre. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação publicou (23) a criação de um grupo de trabalho para organizar o Seminário Internacional da Rota Bioceânica. Junto com o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico.
Governo de MS vai realizar um encontro entre governadores e empresários para discutirem a Rota da Bioceânica
O governador Eduardo Riedel participa de um fórum com outros sete governadores de províncias, sendo três do Paraguai, dois da Argentina e dois do Chile. As estradas da rota seguem avançando em ritmo acelerado no lado paraguaio e o desafio brasileiro é realizar um contorno de 13 quilômetros em Porto Murtinho. Contudo, para o acesso brasileiro ao caminho, por meio da ponte sobre o Rio Paraguai que dá acesso a Carmelo Peralta. Dessa forma, essa obra tem previsão de ficar pronta em 24 meses.
Hoje, a ministra do Orçamento e Planejamento Simone Tebet divulgaria o projeto que a União elaborou, contendo cinco rotas, entre elas a Bioceânica, na UEMS. A ministra falou (20) a empresários da indústria na sede da Fiems. Conforme disse, era preciso aproveitar o prazo da obra do contorno para as mobilizações necessárias para aproveitamento do potencial a surgir com o caminho rumo ao Chile. Assim como, aos portos no Pacífico, para exportações à Asia. Desse modo, haverá envolvimento de prefeituras, criação de cursos superiores e técnicos para as demandas que aparecerão.
China e Ásia
No evento de sexta, o titular da Semadesc, Jaime Veruck, mencionou que o norte da Argentina e Paraguai devem ter impulso considerável com a criação da rota. A saber, ele vê para Mato Grosso do Sul a possibilidade de surgimento de um hub de logística na região sudoeste. Para distribuição de produtos para exportação e oriundos de outros países.
A China é o grande cliente do Estado, consumindo 62% dos produtos daqui, como carnes, grãos e minério. Contudo, a existência da rota, que encurtará distâncias em mais de dez dias e barateará fretes, pode abrir mercados em outros países asiáticos, acredita Verruck.
Ele mencionou que o projeto envolve o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), citou reunião recente em Antofagasta, uma das cidades chilenas com porto, que despertou interesse de centenas de empresários. E destacou a importância de prefeituras estarem sintonizadas e se prepararem para o impacto que sofrerão. No entanto, Verruck lembrou que autoridades já estão dedicadas ao que a Bioceânica representa e é preciso envolver mais entidades representativas do setor privado.
Nos eventos de fevereiro, deverão ser discutidos temas como oportunidades, desafios, impactos, comércio e infraestrutura. Contudo, acordos alfandegários para otimizar a rotina da passagem de pessoas e produtos e questões sociais.
Para Verruck, a rota não se limita a ser um corredor para o comércio exterior, mas sim um catalisador para a integração sul-americana e o desenvolvimento local. Contudo, propiciando um ambiente favorável para o crescimento das pequenas empresas da região.
Fonte: Ag.gov.ms