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Conforme o Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) 2025, divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), quatro cidades de MS brilham no agronegócio nacional, aparecendo no top 20. Foto: Freepik

MS brilha no agronegócio nacional com quatro cidades no top 20

As cidades de Maracaju, Sidrolândia, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste, fazem MS brilhar no agronegócio nacional

Quatro cidades de Mato Grosso do Sul (MS) estão entre os 20 mais desenvolvidos do agronegócio nacional, conforme o Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) 2025, divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Maracaju (7º), Sidrolândia (8º), Rio Brilhante (10º) e São Gabriel do Oeste (15º) colocam o Estado em posição de destaque no cenário nacional. Consolidando o Centro-Oeste como a principal região agropecuária do país.

O levantamento avaliou 5.568 municípios brasileiros e classificou 150 com “muito alto desenvolvimento agropecuário” — 17 deles estão no Centro-Oeste. No comparativo com a edição anterior, Mato Grosso do Sul apresentou um Idam médio de 0,7322, crescimento de 7,1% desde 2016 e de 0,1% em relação a 2024, superando Estados tradicionalmente fortes no setor, como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

Avanços expressivos e gestão estratégica

Contudo, entre os destaques, São Gabriel do Oeste apresentou a maior evolução do Estado. Subindo 14 posições — da 29ª em 2024 para a 15ª em 2025 — e atingindo um índice de 0,9378, reflexo da integração entre produtores, cooperativas e poder público. O município alcançou uma produtividade média de 74,78 sacas de soja por hectare, bem acima da média estadual de 51,78.

“Esse reconhecimento é o reflexo do esforço de nossos produtores, da inovação no campo e da gestão responsável que busca fortalecer cada elo da nossa economia”, afirmou o prefeito Leocir Montanha (PSD). O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adão Unírio Rolim, destacou que a diversificação produtiva local “mostra que o trabalho conjunto está dando frutos”.

Em Rio Brilhante, que saltou da 20ª para a 10ª posição, o avanço está ligado a políticas de incentivo à industrialização e à desburocratização de processos. Sobretudo, o prefeito Lucas Foroni (MDB) destacou a agilidade na abertura de empresas — que hoje ocorre em até 24 horas — e os investimentos em infraestrutura rural e crédito agrícola.

Maracaju, que manteve-se entre os 10 primeiros colocados, ocupa a 7ª posição nacional com Idam de 0,9531. O prefeito Marcos Calderan (PSDB) apontou os investimentos em infraestrutura e tecnologia como pilares do desempenho. “Foram 14 pontes de concreto construídas com recursos próprios e um novo aeroporto em parceria com o Estado. A tecnologia aplicada ao campo tem sido fundamental para o aumento da produtividade”, destacou.

Em Sidrolândia, 8ª colocada nacional, o município segue entre os líderes, apesar de ligeira queda no ranking. O bom desempenho, contudo, reflete a força produtiva local, a geração de empregos e o acesso facilitado a crédito rural.

Desenvolvimento além da produção

De acordo com a CNM, o Idam mede o desenvolvimento agropecuário municipal a partir de quatro dimensões: produção e produtividade, emprego formal, crédito agrícola e pecuário e arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR). Municípios com pontuação acima de 0,8 são considerados de “alta performance”.

O presidente da Assomasul, Thalles Tomazelli, avaliou que os resultados reforçam o potencial do agronegócio sul-mato-grossense. “Tudo isso é consequência do desenvolvimento somado ao esforço do setor privado, à credibilidade das políticas públicas e ao potencial dos municípios”, afirmou.

O relatório também ressalta a dinamicidade do setor, com 13 municípios migrando para a faixa de “muito alto desenvolvimento” e outros 13 saindo dela — movimento que demonstra, segundo a CNM, o impacto direto de políticas públicas e investimentos locais.

Cenário nacional

São Desidério (BA) liderou o Idam 2025, com índice de 0,9693, seguido por Mineiros (GO) e Canarana (MT). Sobretudo, a região Sul foi a única a apresentar retração, com queda de 3% no índice geral. Reflexo da seca que reduziu a produção e a captação de crédito rural.

Em conclusão, apesar dos desafios, Mato Grosso do Sul consolida-se como um dos principais polos do agronegócio brasileiro, combinando inovação, sustentabilidade e crescimento econômico.

Fonte: Idam