Meu Ano Em Oxford, novo filme estrelado por Sofia Carson e Corey Mylchreest sabe comover
Eu preciso começar esta crítica em primeira pessoa para admitir um fato. Antes mesmo de dar play, eu já sabia que iria gostar de Meu Ano Em Oxford. Já na premissa, o novo filme da Netflix tem todos os elementos clássicos de um bom romance jovem: é baseado no livro de sucesso de Julia Whelan, tem um contraste cultural e interessante entre os protagonistas, e é estrelado pela rainha dos romances da Netflix, Sofia Carson, ao lado de Corey Mylchreest, que interpretou um dos melhores pares românticos da história de Bridgerton em Rainha Charlotte.
O que eu não esperava, no entanto, era a carga dramática do filme – que rendeu boas lágrimas no final. Surpreendentemente, Meu Ano Em Oxford remete mais aos romances dramáticos jovens dos anos 2010. Como A Culpa é das Estrelas (2014) e Como Eu Era Antes de Você (2016), do que aos outros trabalhos recentes de Sofia Carson na Netflix, como A Lista da Minha Vida (2025) e Continência Ao Amor (2022).
No longa, acompanhamos Anna (Carson), uma jovem americana que decide realizar o sonho de estudar poesia em Oxford, na Inglaterra
É lá que ela conhece o britânico Jamie (Mylchreest), seu professor substituto. A animosidade inicial do primeiro encontro deles já cria a fagulha que deixa o espectador interessado na relação – ao lado, claro, da ótima química entre os atores.
Em sua estreia em longas dramáticos, o diretor Iain Morris sabe criar uma conexão entre os personagens desde as suas diferenças: o contraste dos sotaques e os diferentes contextos culturais de cada um servem para dar ainda mais força para a relação que eles acabam construindo quando encontram suas semelhanças no amor pela poesia. Bibliotecas. Karaokê e um bom lanche “podrão”.
Nesta primeira parte, Meu Ano Em Oxford pode cair em clichês dos romances teen. Inicialmente, o casal não se gosta e tem críticas um ao outro, até que quebram a cara e começam a perceber seus sentimentos. Depois, claro, eles começam “algo leve e sem compromisso”, até porque ele tem fama de ser mulherengo – e, novamente sem surpresas, Anna precisa lidar com uma aparente ex/atual ciumenta.
Entretanto, o meio do filme traz uma virada interessante com a revelação do motivo pelo qual Jamie não fala mais com o próprio pai. Aqui, ao invés de cair no clichê, Carson equilibra o drama do roteiro de Allison Burnett e Melissa Osborne com sua atuação serena. Enquanto Mylchreest adiciona humor sarcástico. Isso tudo mantém a emoção, especialmente quando o filme retoma informações. Frases, sonhos e até interpretações de poemas no final para dar ainda mais sentido à história.
Meu Ano em Oxford poderia ser apenas mais um dos romances de Sofia Carson para a Netflix – e já cumpriria bem o seu papel assim. Mas ele vai além, com um toque a mais de sensibilidade e um final emocionante.
Fonte: adoro cinema