Os números do mercado apontaram um avanço em outras categorias em 2020, como gin (13,2%) e vinho (15,2%)
O Brasil é o terceiro maior consumidor de cerveja do mundo e ocupa a 13ª posição no consumo de vinho, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 42% dos brasileiros relataram alto consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia.
Sendo assim, esse comportamento fez o mercado de bebidas registrar crescimento nos últimos anos, driblando as limitações de encontros sociais e o fechamento de bares e restaurantes impostos pela pandemia.
Mercado resiliente de bebidas alcoólicas no Brasil
Segundo Rodrigo Mattos, analista sênior da Euromonitor e especialista no mercado de bebidas alcoólicas, aqui no país foi possível observar uma mudança clara de perfil no consumo de bebidas.
“Cerveja é uma categoria que se adapta muito bem, e é tanto consumida dentro quanto fora do lar. E de maneira muito parecida também o mercado de vinhos estourou de crescer em 2020. A gente tem a associação já histórica de que o consumo de vinhos é dentro do lar. Um produto para tomar com a família, degustar, também associado com um certo grau de indulgência e relaxamento”, disse Mattos.
A cerveja segue sendo a preferência no brinde dos brasileiros, mas a pandemia alterou hábitos de consumo. Assim, os números do mercado apontaram um avanço em outras categorias em 2020, como gin (13,2%) e vinho (15,2%).
Segundo a Wine Inteligence, o número de amantes de vinho cresceu de 22 milhões em 2010 para 39 milhões em 2020. E 2021 terminou com 51 milhões de pessoas consumindo vinho, um aumento de 12 milhões no ano, representando 36% da população adulta brasileira.
Clubes de assinatura
Os clubes de assinatura, que levam rótulos selecionados diretamente para casa dos consumidores, tiveram uma boa participação nesses novos hábitos do consumo.
“O Brasil é um país cervejeiro e, assim como a gente viu na cerveja, há um movimento das pessoas experimentarem produtos de mais qualidade. E o vinho tem a característica de que por trás de cada garrafa tem uma história”, explica Marcel Darienzo, CEO da Wine, clube de assinatura do Brasil.
“Não existe ex-tomador de vinho: depois que alguém entra na categoria ele fica. Aliás, é um processo de descoberta que vai fazer o nosso mercado continuar crescendo por vários anos”, finaliza.
Fonte: cnn