Temos diversos meios para se livrar do estresse, e nem sempre relaxar é o melhor caminho. Entenda!
A princípio, um estudo publicado em abril no Journal of the American College of Cardiology mostrou que a prática regular de atividades físicas é a melhor solução na diminuição do estresse, especialmente em pessoas com transtornos mentais, como a depressão.
Contudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 50 mil pessoas para investigar a relação entre exercícios físicos e a redução do estresse.
Além da redução do estresse, durante um período médio de dez anos, os participantes que seguiram as recomendações de atividade física apresentaram um risco 23% menor de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que não seguiram essas recomendações.
Os pesquisadores destacaram que os exercícios físicos são aproximadamente duas vezes mais eficazes em pessoas com transtornos mentais para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. No entanto, enfatizam a necessidade de estudos adicionais para confirmar a causalidade dos efeitos protetores dos treinos.
Melhor solução para controlar o estresse
No entanto, o estudo observou melhorias significativas no córtex pré-frontal dos indivíduos que praticavam exercícios físicos. Essa área do cérebro é crucial para a tomada de decisões e o controle de impulsos, ajudando a moderar as regiões responsáveis pelo estresse.
Além dos exercícios físicos, a pesquisa também menciona outras técnicas eficazes para a redução do estresse, como meditação, ioga e respiração profunda. Essas práticas ajudam a acalmar a mente e o corpo, promovendo um estado de relaxamento e bem-estar emocional.
Dedicar tempo a hobbies e atividades recreativas, como ler, pintar, cozinhar ou praticar jardinagem, também pode proporcionar prazer e distração, aliviando a pressão do dia a dia.
De quebra, reduz ansiedade
Na esfera fisiológica, a prática esportiva estimula a produção de substâncias que ajudam a relaxar, trazem bem-estar e melhoram o humor, como endorfina e serotonina. Isso vai ajudar a reduzir o estresse, mas também a ansiedade. Já o ganho de condicionamento e a mudança física contribuem para a melhora da autoimagem.
Na esfera social, o esporte promove a interação com outras pessoas, trazendo uma ampliação e melhora nos relacionamentos sociais. Essa integração ajuda a pessoa a despistar pensamentos ansiosos.
Contudo, no campo psíquico, o praticante vive uma experiência subjetiva positiva, em que é reconhecido e valorizado pelos seus feitos, o que pode trazer ganhos para a autoestima. As conquistas esportivas também servem de estímulo para concretizar outras coisas no dia a dia.
Mas é preciso que o praticante se identifique com a atividade e que ela não seja vista como uma obrigação. O ideal é experimentar várias modalidades até encontrar uma que seja prazerosa, sem que haja sentimento de culpa ao faltar aos treinos ou não atingir metas que estão fora de seu nível de habilidade ou prazer. Do contrário, corre-se o risco do efeito inverso, e a própria prática esportiva vira fonte de ansiedade.
Fonte: UOL