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A cirurgia, que teve duração aproximada de três horas, foi executada no último sábado (16), sob a aprovação do FDA, órgão regulador americano

QUEM É: Médico brasileiro liderou transplante de rim de porco em humano

O responsável por comandar a operação foi o brasileiro Leonardo Riella

Na última quinta-feira (21), foi anunciado que cirurgiões do Massachusetts General Hospital (MGH), nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira fazer um transplante com rim de porco geneticamente modificado em um humano vivo. O responsável por comandar a operação foi o brasileiro Leonardo Riella.

A cirurgia, que teve duração aproximada de três horas, executada no último sábado (16), sob a aprovação do FDA, órgão regulador americano. Este avanço foi possível após décadas de pesquisa focadas na adaptação do sistema imunológico humano para aceitar órgãos de porcos, que são geneticamente semelhantes aos humanos.

Assim, o processo inovador incluiu a retirada de genes suínos e a adição de genes humanos no órgão transplantado. Além da inativação de retrovírus para evitar qualquer risco de infecção.

Antes da cirurgia em humanos, os rins suínos modificados foram testados em macacos, nos quais funcionaram perfeitamente por dois anos. Desse modo, sugerindo expectativas positivas para o resultado em humanos.

Até o momento, o paciente mantém-se estável, alimentando esperanças de um futuro onde a escassez de órgãos para transplantes possa significativamente mitigada.

Quem é Leonardo Riella?

O médico brasileiro Leonardo Riella, cuja trajetória acadêmica e profissional marcada por conquistas internacionais, vem se destacando no campo da medicina nos Estados Unidos.

Aliás, com uma sólida formação que começou na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Riella percorreu um caminho que o levou à Universidade de Harvard. Onde realizou sua residência em medicina interna e nefrologia. Esse período, que durou de 2004 a 2011, foi repleto de experiências enriquecedoras em dois dos mais renomados hospitais do mundo: o Brigham and Women’s Hospital e o Massachusetts General Hospital (MGH).

Além da residência, Riella aprofundou seus conhecimentos na área da imunologia de transplantes. Obtendo um doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Atualmente, ele ocupa a posição de professor associado e diretor de transplante de rim no MGH, um dos maiores hospitais-escola da Faculdade de Medicina de Harvard. Riella é também o titular da cadeira acadêmica em transplante Harold and Ellen Danser Endowed Chair in Transplantation, uma posição que destaca seu papel significativo na comunidade médica.

No Center for Transplantation Science, Riella atua como investigador sênior. Assim, contribuindo com sua expertise em várias frentes de pesquisa. Seu trabalho foca na compreensão dos mecanismos de regulação imunológica e no desenvolvimento de terapias inovadoras para promover a tolerância dos órgãos transplantados. Essas investigações são cruciais para o avanço das práticas de transplante. Dessa forma, visando melhorar as chances de sucesso e a longevidade dos órgãos transplantados nos pacientes.

Assim, Riella lidera o consórcio TANGO, dedicado a estudar a recorrência de doenças glomerulares condições que afetam os glomérulos, estruturas essenciais para a filtração do sangue nos rins após o transplante. Além disso, ele está no comando do estudo GENIE. Que aliás, explora como a dieta pode influenciar pacientes com síndrome nefrótica, uma doença renal que pode levar a complicações graves.

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Fontes: olhardigital, correio braziliense, rádioitatiaia