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EaD pode baratear os custos do ensino de qualidade

MEC criará primeira universidade federal EaD do Brasil

Propósito é promover a educação a distância nas instituições federais de ensino superior por meio do programa Reuni Digital

O Ministério da Educação (MEC), divulgou (16), durante audiência pública na Comissão de Educação do Senado, que pretende criar uma universidade federal de EaD – Educação a Distância.

De acordo com o ministro Milton Ribeiro, é fundamental ampliar o acesso dos estudantes de todo o país à rede pública federal de ensino.“Queremos criar a primeira universidade federal digital no país e ampliar o acesso a todos”, disse o ministro ao participar.

Um documento preliminar do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, deste ano, cita a avaliação de viabilidade da iniciativa entre as metas da Secretaria de Educação Superior (Sesu-MEC). Dessa forma, o propósito é promover a educação a distância – EaD nas instituições federais de ensino superior por meio do programa Reuni Digital.

Além disso, o ministro Milton Ribeiro disse que a iniciativa segue o modelo já implementado por outros países e respeita as diretrizes, metas e estratégias definidas no Plano Nacional de Educação (PNE). De acordo com o ministro, o uso das modernas tecnologias de informação podem baratear os custos do ensino de qualidade.

“É isso que temos visto em grandes países que estão desenvolvendo essa ferramenta e vamos começar com alguns cursos e todos vão poder ter acesso. Pois com 400, 500 professores, eu posso atingir a milhões de alunos no país todo, obedecendo às premissas do PNE”, disse o ministro.

Mais recursos para a EaD

O ministro lembrou que, nos últimos anos, o orçamento das universidades federais foi impactado pela crise econômica e, principalmente, pela pandemia da covid-19.

“Quando falamos em diminuição das verbas para as universidades federais, eu concordo plenamente. Vejo que, em um passado não tão distante, o orçamento do ensino federal era muito grande, muito maior do que o que temos hoje”, ressaltou.

“Vale dizer que vivemos tempo de guerra, de pandemia”, acrescentou o ministro. Também enfatizou que na proposta orçamentária para 2022, o ministério pede ao Congresso Nacional que autorize um aumento de recursos para a pasta.

“A proposta que o Parlamento vai apreciar fala em um aumento mínimo de cerca de 17% para as universidades federais, e de 28% para os institutos federais. Por que isso? Porque temos 69 universidades federais com 281 campi. Ainda mais 38 institutos, Centros Educacionais Técnicos (CETs), além do Dom Pedro II, juntos, somam 670 campi. Então, além da visão política de dar mais oportunidade à formação de mão de obra técnica, o número de campi é muito maior”, concluiu Ribeiro.