MCMV Rural avança em MS
O barulho dos martelos, o vai e vem dos trabalhadores e a estrutura das primeiras paredes erguidas por meio das obras do MCMV Rural em MS se misturam ao cotidiano da Aldeia Jaraguari, em Amambai. Para muitas famílias indígenas, essas cenas representam muito mais do que uma construção: simbolizam um futuro mais digno, com segurança, estabilidade e o direito fundamental à moradia se tornando realidade.
As obras fazem parte do lote de unidades habitacionais contratadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida Rural, neste ano, em parceria entre os governos estadual e federal.
“Ver a casa sendo levantada diante dos olhos é um sonho antigo se concretizando. Aqui, vamos ter um lar firme, para criar nossos filhos com mais tranquilidade”, relata Regina Benites, uma das moradoras da aldeia.
Novos tempos
Na Aldeia Guassuti, em Aral Moreira, o cenário das obras do MCMV Rural já anuncia novos tempos em MS. As casas também estão fase avançada, com estruturas finalizadas, telhados instalados e últimos acabamentos sendo realizados. Para as famílias indígenas, ver as moradias tomando forma é mais do que acompanhar uma obra: é assistir à concretização de um sonho antigo, construído coletivamente e com significado profundo para a comunidade.
Para o cacique Valdenir Gonçalves e sua esposa, Cibele Araújo, esse é um momento de muita alegria e gratidão.
“Estou muito feliz por termos nossa casinha. É a realização de um sonho para nossa família e para tantas outras que moram aqui. Por isso, agradecemos a todos que estão trabalhando para tornar isso realidade. Como cacique, agradeço ao Governo do Estado e ao Luciano da entidade. Em nome da minha esposa, que também está grata por esse lindo trabalho, deixo nosso reconhecimento e nossa alegria por essa conquista”, concluiu Valdenir.
Situações semelhantes ocorrem também nas aldeias Tey Kue, em Caarapó, e Limão Verde, em Amambai. Nessas localidades, as construções avançaram rapidamente e já estão na etapa final. Além disso, em cada região, a chegada das novas moradias traz consigo a perspectiva de uma vida mais segura, estável e digna.
“A gente vê a casa crescendo e sente que a espera valeu a pena. É o nosso futuro sendo levantado aqui”, afirma a beneficiária Fátima, enquanto acompanha os últimos retoques da obra.
Benefícios para várias comunidades de MS
Essas unidades integram, portanto, um amplo esforço habitacional que beneficia comunidades tradicionais em várias regiões de Mato Grosso do Sul. Ademais, o programa já formalizou 1.259 contratos de construção na modalidade rural. Isso representa investimentos superiores a R$ 119 milhões. Esses recursos garantem, assim, moradias para famílias de mais de 40 aldeias indígenas e quatro assentamentos rurais distribuídos em diferentes municípios do Estado.
Na Aldeia Pirakua, em Bela Vista, o sentimento é semelhante. Para muitas famílias, a nova moradia representa não apenas um teto, mas a possibilidade de permanecer em seu território com infraestrutura adequada, sem precisar se deslocar para áreas urbanas. As casas, projetadas respeitando os padrões técnicos e culturais das comunidades, garantem mais conforto térmico e adequação ao modo de vida local.
As construções integram uma política habitacional que, por sua vez, tem colocado Mato Grosso do Sul como referência nacional no atendimento às populações tradicionais e rurais. Além disso, o programa reforça o compromisso com o desenvolvimento social e cultural das comunidades.
Laços comunitários
“Essas moradias fortalecem os laços comunitários e culturais das aldeias, permitindo que as famílias permaneçam em seus territórios com dignidade e infraestrutura adequada”, afirma a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez. Segundo ela, não se trata apenas de uma política de habitação, mas também de uma política de pertencimento e valorização.
Para as comunidades, cada casa representa muito mais do que uma estrutura física. De fato, é um símbolo de reconhecimento e identidade cultural. “Construir moradias nas aldeias significa assegurar que as famílias possam permanecer em seus territórios com infraestrutura adequada, fortalecendo os laços comunitários e culturais”, completa Maria do Carmo.
Com as obras se espalhando por diferentes regiões, o programa habitacional consolida-se, portanto, como uma política pública transformadora em Mato Grosso do Sul. Além disso, garante um direito básico e promove inclusão social.
Por fim, esse trabalho também resgata a dignidade de famílias que, por muitos anos, aguardaram por essa conquista. Assim, cada casa representa uma vitória coletiva e um novo começo.
Para todas as aldeias, cada parede erguida simboliza histórias e sonhos. Em breve, todos estarão abrigados sob um novo teto, repleto de esperança e pertencimento.
Fonte: Secom/Gov.br