Aprenda hábitos que ajudam a melhorar os gastos compulsivos
Muitos de nossos hábitos financeiros acontecem no piloto automático. Nesse sentido, Charles Duhigg explica que o cérebro cria rotinas automáticas para poupar energia. É como um caminho repetido que fazemos sem perceber: após um tempo, não reparamos mais nos detalhes. Da mesma forma, muitos têm o hábito de gastar sem perceber, o que dificulta uma gestão financeira mais eficiente.
Então, como identificar os maus hábitos financeiros?
Imagine o poder de aprender a poupar pensando em realizar sonhos e não só para emergências. Com conhecimento e planejamento, saímos do piloto automático, bem como, passamos a tomar decisões conscientes, alinhadas aos nossos objetivos de vida.
Para entender melhor se algum hábito financeiro está te prejudicando, Duhigg sugere um modelo simples de três passos:
1) Identifique o gatilho
O gatilho é o que dispara o comportamento de gastar. Primeiramente, pergunte-se:
- Quando você sente vontade de gastar?
- O lugar onde você está influencia essa decisão?
- Algo específico acontece antes de decidir comprar?
2) Reconheça a Rotina
Logo após o gatilho, vem a rotina. No caso de uma compra impulsiva, a rotina pode envolver abrir uma notificação “só para ver as ofertas”. Pergunte-se:
- O que você faz logo após a notificação?
- Qual é o comportamento repetido?
3) Entenda a Recompensa
A recompensa é o que te motiva a repetir o hábito. Pode ser uma sensação de prazer imediato ou alívio do tédio. Pergunte-se:
- Como você se sente depois da compra?
- Qual necessidade você está tentando suprir? (Ex.: prazer, distração, sensação de controle).
Certamente, a chave para mudar um hábito está em manter o gatilho e a recompensa, e, por outro lado, substituir a rotina por algo mais saudável.
Desse modo, esses passos podem te ajudar a perceber como pequenas mudanças de comportamento podem ter grandes impactos no seu bolso. Muitas vezes, vemos a educação financeira como algo distante, associando-a apenas a quem tem grandes quantias para investir. Mas ela é muito menos sobre valores e muito mais sobre nossas atitudes com o que temos.
Fonte: Uol