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Marine Le Pen foi acusada de desviar milhares de euros. Segundo relatório da agência antifraude da União Europeia (UE)

Marine Le Pen é acusada de desviar fundos da União Europeia

O desvio seria de milhares de euros de fundos da União Europeia

Antes de tudo, Marine Le Pen é acusada de desviar milhares de euros. Segundo relatório da agência antifraude da União Europeia (UE). Que acusa, entretanto, a candidata de extrema direita à presidência da França, Marine Le Pen. Bem como, membros de seu partido de se apropriarem indevidamente de milhares de euros em fundos da UE. Ainda mais, o documento está sendo analisado por promotores franceses. De acordo com confirmação da promotoria de Paris, neste domingo (17).

Além disso, o relatório veio a público no sábado (16). O mesmo foi elaborado pelo Organismo Europeu de Luta Antifraude (Olaf, na sigla em inglês). Por meio de uma publicação do site investigativo Mediapart. Assim sendo, o levantamento aponta um desvio superior a 617 mil euros. Sendo que Le Pen seria responsável pessoalmente por quase 140 mil euros desse montante. Tudo isso, entre 2004 e 2017. Sobretudo, quando a candidata era membro do Parlamento Europeu.

Segundo a acusação, os valores estavam justificados em despesas com funcionários. Bem como, em eventos do partido de Le Pen. “Os franceses não serão enganados pelas tentativas da União Europeia e das instituições europeias… De interferir na campanha presidencial. E também, de prejudicar Marine Le Pen”, disse o presidente do partido Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, à rádio Europe 1, segundo a agência Reuters.

Marine Le Pen costuma captar eleitores difíceis

Marine Le Pen, acusada de desvio de fundos da UE, nasceu na comuna de Neuilly-sur-Seine. A mesma se formou em Direito pela Universidade Panthéon-Assas. Marine é filha de Jean-Marie Le Pen. O fundador do partido Frente Nacional. A candidata ingressou cedo na carreira política. Entrando, no entanto, para a sigla aos 18 anos.

Aliás, em 2011, Le Pen é eleita para assumir a presidência da Frente Nacional. Entretanto, no ano seguinte, participa de sua primeira corrida à presidência da República. Já em 2018, a líder altera o nome da sigla. Que passa a se chamar Reagrupamento Nacional. Tudo isso, como tentativa de moderar a imagem do grupo.

Le Pen chegou a ter uma fotografia da sua visita a Vladimir Putin, incluída em um folheto de campanha. Mas com a guerra na Ucrânia, retirou a foto em seguida. Pois a candidata precisou refutar sua ligação com o presidente russo.

Entretanto, Le Pen costuma captar eleitores difíceis. De acordo com o especialista em pesquisa Emmanuel Riviere. “Ela sempre consegue seduzir pessoas que não estão interessadas na política. Mas precisamente, porque oferece a eles uma solução para expressar sua raiva em relação à política.”