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Artistas brasileiros uniram as vozes em uma música que serve como alerta para as queimadas que consomem em defesa do Pantanal. Foto: Reprodução

LANÇAMENTO: Maria Gadú, Tetê Espíndola, Gabriel Sater unem vozes em defesa do Pantanal

Artistas brasileiros uniram as vozes em uma música que serve como alerta para as queimadas que consomem em defesa do Pantanal. A iniciativa, da Organização Não Governamental (ONG) SOS Pantanal, é chamar atenção da população o bioma castigado pelo fogo. O teaser da canção “Oh, Pantanal” foi divulgado.

A canção será lançada no dia 14 de setembro deste ano, no programa “Terra da Gente”. Cantores e atores se uniram para gravação da música em São Paulo e Rio de Janeiro. Fazem parte do projeto as vozes de:

A ideia da “música ativista” surgiu do compositor Carlos Rennó, que divide a autoria da letra com Tetê Espíndola e do pantaneiro Guilherme Rondon.

Vozes defesa Pantanal

A ONG SOS Pantanal abraçou a iniciativa, produziu o material e afinou o projeto. Desde o início da concepção da canção, a premissa era uma: alertar para o desastre no bioma pantaneiro.

“Gravar essa canção para foi ótimo. Os artistas que toparam participar e registraram suas vozes são artistas que compreenderam o chamado, se identificam com a causa e são excelentes intérpretes. Aliás, a maioria deles também são compositores. Então foi uma experiência artística e ao mesmo tempo política muito gratificante”, classificou Rennó.

O fogo consome o Pantanal há mais de três meses. Mais 2,5 milhões de hectares destruídos pelas chamas, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Para se ter uma dimensão, a área completamente destruída representa quase 17% de todo o território pantaneiro no Brasil.

A ONG SOS Pantanal viu como oportuno o momento das queimadas no Pantanal para levantar mais um alerta. O diretor de comunicação da organização, Gustavo Figueirôa, destaca a importância da arte, ativismo e meio ambiente.

ONG SOS Pantanal

“Para o SOS Pantanal é de um simbolismo bastante rico o bioma receber uma homenagem dessa magnitude. Tantos artistas talentosos e reconhecidos que mostram que estão olhando para o Pantanal, tão importante e único, mas que está tão ameaçado ao mesmo tempo. Unir a arte e cultura com causas ambientais é de suma importância para sensibilizar as pessoas quanto à urgência da situação”.

O desejo da canção não é recente. Rennó compartilhou que iniciou o processo de criação ao ser surpreendido pelas notícias de que os incêndios no Pantanal em 2024 poderiam superior o pior período para o bioma em relação ao fogo, 2020.

“Vi na necessidade de antecipar meu plano e fazer a canção agora. Me refiro aos acontecimentos de alguns meses atrás, quando viemos ser notificados de que estávamos à beira de uma repetição, ou mesmo de uma superação daqueles tristíssimos acontecimentos de 2020 que fizeram com que o Pantanal. Escrevi a letra e chamei dois parceiros para fazer a música”.

O compositor destaca a ação artística diante da tragédia no Pantanal. Para Rennó, a arte tem o potencial de impactar a população.

Lançamento

“Essa é a forma de eu agir, de eu tentar contribuir para alguma coisa diante desse presente já catastrófico, como infelizmente esperávamos que o amanhã viesse a ser e já começou a ser. Então, a ação no nosso. Caso se contrapõe a letargia com que assistimos a sociedade a assistir a essas tragédias ambientais”.

A nossa expectativa é de que a canção venha comover, porque essa é uma das funções da arte. É uma das funções da canção, da arte da canção, que é uma arte que combina as artes da poesia e da música, tornando ainda mais tocante, mais fundamente tocante, uma mensagem”, aponta Rennó.

A gravação e o lançamento da canção e do videoclipe “Oh, Pantanal” é uma realização do S.O.S. Pantanal, a produção executiva é da Circus Produções, direção do Guto Ruocco. O clipe dirigido pelo Estúdio Bijari, com animações gráficas que une filmagens e imagens cedidas pelos fotógrafos Lalo de Almeida, Luciano Candisani e João Farkas.

Fonte: g1