A síndrome de text neck , texto e pescoço, em inglês é um tipo de tensão que causa dores fortes na parte superior dos ombros e pescoço e atingindo a coluna cervical
A cena mais comum de ver nos dias atuais são pessoas com a cabeça baixa olhando para o celular, tendo má postura. Há casos tão graves que a pessoa se desliga do que está acontecendo ao redor. A ponto de correr risco de vida, por exemplo, ao atravessar a rua. O nome desse ato é síndrome de text neck , texto e pescoço, em inglês, um tipo de tensão que causa dores fortes na parte superior dos ombros e pescoço e atingindo a coluna cervical.
Assim, o uso excessivo do celular ou tablet, por horas, pode causar alguns problemas ortopédicos. Essa flexão forçada da cabeça pode lesionar a coluna cervical. O neurocirurgião e cirurgião de coluna Marcelo Amato, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FM-RP) da Universidade de São Paulo, explica que essa “condição clínica da síndrome surge com dores e tensões na região dos ombros e pescoço e não deve ser negligenciada. Principalmente em casos crônicos, porque podem ocorrer problemas como hérnia de disco e bico de papagaio”, avalia.
Má postura e tratamento do text neck
A estimativa é que 75% da população mundial faz uso de celular ou dispositivos móveis diariamente por questões de trabalho ou lazer por longos períodos. A prática de exercícios físicos sempre ajuda a amenizar essas dores localizadas.
O tratamento da síndrome de text neck é feito de forma conservadora. Normalmente utiliza-se medicamentos, como relaxantes musculares e analgésicos, calor local e em alguns casos reabilitação muscular.
A cirurgia nessa região não está descartada, mas pode e deve ser evitada, para isso basta corrigir a postura quando fizer uso dos aparelhos móveis. Marcelo Amato orienta que “o aparelho deve estar sempre que possível na altura dos olhos”.
Recente pesquisa realizada pela empresa GlobalWebIndex mostra que o Brasil é o terceiro país do mundo em que as pessoas dedicam mais horas do seu dia ao celular. Ou seja, são três horas e 14 minutos por dia conectados. Entre o grupo de jovens, o número sobe para quatro horas por dia.
Fonte: Jornal da USP/rádio